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Dilma ouve de médicos que hospitais federais são "pocilgas humanas"

Por Fernanda Odilla e Johanna Nublat BRASÍLIA, DF, 4 de abril (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff ouviu hoje críticas sobre as condições de atendimento e de trabalho para profissionais da saúde dos hospitais federais. "Os hospitais federais se

Da Redação

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Publicado em 04.04.2013, 20:57:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:57
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Por Fernanda Odilla e Johanna Nublat

BRASÍLIA, DF, 4 de abril (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff ouviu hoje críticas sobre as condições de atendimento e de trabalho para profissionais da saúde dos hospitais federais.

"Os hospitais federais se transformaram em verdadeiras pocilgas humanas. Não têm a condição de dar o menor atendimento", disse Geraldo Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos, logo após o encontro com a presidente Dilma.

Ele disse ainda que o grupo de médicos relatou à presidente que hospitais de urgência e emergência de todo o país são palco de violações de direitos humanos. Além da queda na qualidade do atendimento aos pacientes, os médicos, segundo Ferreira, trabalham em ambientes degradados e os hospitais estão perdendo mão de obra diante do achatamento salarial e perda de gratificação.

A situação é mais grave no Rio de Janeiro, onde se concentra a maior parte dos hospitais federais. Além de representantes da classe médica, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) participou da audiência com Dilma.

"A presidenta se comprometeu junto ao ministro Padilha a encaminhar solução. Ela pediu ao ministro que se fizesse uma avaliação disso e fizesse as devidas correções."

Médicos na exterior

Médicos que estiveram com a presidente relataram que Dilma ficou assustada ao tomar conhecimento do alto percentual de reprovação dos estudantes do último ano de medicina nas escolas de São Paulo (54,5% na prova de 2012).

"Ela ficou surpresa. Perguntou "o que acontece com esses que não passaram?". Dissemos que nada, porque não temos uma lei como tem a OAB. E ela ficou bastante preocupada, tanto que propôs a criação de um grupo de trabalho específico para discutir as dificuldades do ensino médico", contou Renato Azevedo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

Azevedo disse que Dilma também perguntou a opinião das entidades sobre a ampliação de bolsas de graduação para que brasileiros estudem medicina no exterior. "A presidente comentou "a gente manda engenheiro, físico, vamos começar a mandar médico para universidades de excelência". Perguntou se somos contra, dissemos que não", completa.

Carlos Vital, 1º vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz que a presidente sugeriu novos encontros com as entidades médicas e a formação de grupos temáticos de discussão.

O tema da "importação" de médicos formados no exterior, em gestação no governo, era uma das expectativas do encontro. Segundo os relatos dos médicos, porém, o tema foi abordado de forma marginal, com ponderações de Dilma sobre a dificuldade de distribuir os médicos em regiões pobres e distantes das capitais.

Os médicos se manifestaram contrários à proposta.

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