SÃO PAULO, SP, 31 de março (Folhapress) - Um dos principais órgãos de decisão da Coreia do Norte informou em comunicado, hoje, considerar que armas nucleares são a vida do país e não podem ser trocadas nem por bilhões de dólares. O texto, que foi divulgado pela agência de notícias Associated Press, reforça a retórica belicista do país, um dos mais isolados do mundo, contra a vizinha Coreia do Sul e o principal aliado dela, os EUA.
O comunicado afirma que as ogivas não são produtos por meios dos quais se pode obter dólares americanos ou barganhas políticas e que o regime irá se empenhar em melhorar a economia. Especialistas afirmam que Kim teme que o país aceite negociar o desarmamento nuclear em troca de ajuda econômica.
Conforme a Associated Press, o texto foi divulgado após uma reunião plenária da comissão central do regime da qual participou o ditador Kim Jong-un.
Na abertura da plenária, Kim defendera a ampliação "quantitativa e qualitativa" de seu arsenal nuclear para fazer frente aos EUA. O norte-coreano prometeu promover a economia e o desenvolvimento do potencial nuclear "de maneira simultânea".
Ontem, Pyongyang anunciou que está em "estado de guerra" com a Coreia do Sul e que negocia todos os temas entre os países com base nessa condição -as Coreias estão tecnicamente em guerra desde 1950, já que não houve um tratado de paz encerrando a Guerra da Coreia, apenas um armistício, em 1953.
No mesmo dia, o regime comunista ameaçou fechar uma importante zona econômica operada em conjunto com o Sul -o complexo industrial de Kaesong- que continua funcionando mesmo após o corte de canais de comunicação entre os dois países.
O regime norte-coreano ficou irritado com relatos da imprensa que diziam que a fábrica -que é operada com mão de obra do Norte e expertise do Sul- ficou aberta porque é uma das únicas fontes de renda do Norte. Também neste domingo, a Coreia do Sul anunciou que realizará em abril manobras militares conjuntas com a Marinha dos EUA, em seu território.
Os problemas entre as Coreias foram reacesos pela aprovação de duas sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) a Pyongyang por causa do lançamento de um foguete, em dezembro, e da realização de um teste nuclear, em fevereiro.
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.03.2013, 12:59:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:11
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