RIO DE JANEIRO, RJ, 24 de março (Folhapress) - A Justiça Federal vai negociar uma nova área para o grupo de índios que recusaram a solução oferecida pelo governo do Estado do Rio. A medida foi tomada após inspeção na área anexa à aldeia Maracanã. Segundo o juiz Wilson Witzel, o local não tem condição para abrigar os índios.
A negociação ocorre hoje com representantes dos indígenas, do Ministério Público Federal e da Funai na sede da Justiça Federal no Rio. A área considerada imprópria pertence ao Ministério da Agricultura e está sendo usada como canteiro de obras para as obras do estádio do Maracanã.
Os índios afirmaram que a proposta deles é permanecer no Museu do Índio, em Botafogo (zona sul), até que um local em definitivo possa ser indicado pela Funai. Na madrugada deste domingo, eles invadiram o local e foram retirados pela Polícia Federal e encaminhados para negociação com o juiz.
"Queremos ficar na aldeia [Maracanã]. Mas como está proibido, queremos ficar no museu. Lá tem lugar pra gente ficar", disse o índio Urutau Guajarara, 52. O juiz não sabe a quantidade de índios remanescentes da aldeia Maracanã. Segundo o Estado do Rio, dos 22 que moravam no local, 12 foram para a área oferecida em Jacarepaguá.
Entre o grupo de índios há crianças e mulheres. A maior parte das pessoas, no entanto, são manifestantes que apoiam a causa indígena no país. Eles afirmam que a cultura indígena precisa ser mantida e pedem um local que possa garantir as características do povoado.
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.03.2013, 17:03:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:29
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