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Ditador visita escola, em meio à discussão por armas químicas

SÃO PAULO, SP, 20 de março (Folhapress) - O ditador sírio, Bashar Assad, fez uma visita surpresa hoje ao centro de formação de Belas Artes em Damasco, informou a página da assessoria da presidência no Facebook. "O chefe de Estado chegou para participar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.03.2013, 12:56:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:39
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SÃO PAULO, SP, 20 de março (Folhapress) - O ditador sírio, Bashar Assad, fez uma visita surpresa hoje ao centro de formação de Belas Artes em Damasco, informou a página da assessoria da presidência no Facebook.

"O chefe de Estado chegou para participar em uma cerimônia organizada no Centro de Educação para as Belas Artes pelo Ministério da Educação em homenagem aos pais dos estudantes mortos em colégios por causa de atos terroristas", afirma a página, que posta fotos da visita.

O centro de mil metros quadrados é especializado na formação para professores, padres e alunos. A escola fica na zona Tijara, no leste de Damasco, perto do bairro de Jobar, testemunha há meses de confrontos entre as forças governamentais e rebeldes.

A visita ocorre em meio à polêmica sobre o uso de armas químicas no conflito do país, que já dura mais de dois anos.

O governo de Damasco mandou duas cartas à ONU, nas quais acusa os rebeldes do ataque com armas químicas na última terça-feira em Aleppo, enquanto a Coalizão Nacional Síria pediu hoje uma investigação internacional das agressões que, segundo eles, foram cometidas pelo regime de Assad.

A agência oficial Sana informou que o Ministério das Relações Exteriores enviou duas notas ao Conselho de Segurança e à Secretaria Geral da ONU para explicar que "terroristas armados do norte da Síria lançaram um míssil" na manhã de ontem em Aleppo.

Segundo o regime, o projétil provocou uma fumaça que causou desmaios às pessoas que respiraram os gases, matando 25 e ferindo cem pessoas, entre os quais soldados.

Damasco alertou que grupos como a Frente al Nusra poderiam ter tido acesso a armas químicas depois de tomar o controle de uma fábrica privada a leste de Aleppo, onde se armazenava cloro.

O Ministério disse ainda que existem vídeos na internet que mostram como os gases venenosos são fabricados com materiais químicos recebidos pelo grupo de um laboratório turco.

Ainda ontem o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayio Erdogan, negou que seu país tenha entregue armas químicas a rebeldes sírios, mesmo porque não possui este tipo de material.

A coalizão rebelde acusou hoje o regime de Damasco pelo ataque, além de outra ofensiva similar com armas químicas na periferia de Damasco.

Em um comunicado, o grupo disse que pelo menos 19 civis morreram e 69 ficaram feridos, e pediu que sejam feitas investigações internacionais no terreno.

Além disso, enfatizou que o novo governo interino eleito em Istambul, ainda não formado mesmo com a eleição de seu premiê, se dispõe a "receber esta delegação em território sírio e garantir sua segurança e passagem segura pelas áreas afetadas".

Afirmou ainda que apesar da proibição do uso de armas químicas, "as provas indicam agora que o regime de Assad as utiliza contra seu próprio povo. Os testemunhos e imagens demonstram que esse armamento proibido foi utilizado no que chega a ser um crime contra a humanidade".

Até agora, nem os Estados Unidos e nem a ONU puderam confirmar que um ataque com armas químicas tenha de fato ocorrido.

Logo depois do regime sírio anunciar o ataque, a Rússia se pronunciou contra os rebeldes. Em comunicado, a Chancelaria russa afirmou que o uso das armas químicas é "um avanço extremamente alarmante e perigoso". "Nós estamos seriamente preocupados com que as armas de destruição em massa tenham caído nas mãos dos rebeldes, o que piora a situação e eleva os confrontos a um novo nível".

A Rússia é aliada do regime sírio e vetou três resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o ditador Bashar Assad, como forma de reprimir a violência. Por outro lado, países ocidentais não confirmaram as informações sobre o ataque, mas advertiram sobre as consequências do uso de armas químicas.

Já os EUA, através de seu Departamento de Estado, afirmaram ontem não ter razão para acreditar que os rebeldes tenham utilizado este tipo de armamento. A porta-voz do Departamento, Victoria Nuland, disse que as acusações eram parte de um esforço do governo de Bashar Assad para desacreditar a oposição.

Nuland, que descreveu o governo de Assad como progressivamente sitiado, disse que Washington está bastante preocupado que as forças de Assad poderiam usar armas não convencionais.

Hoje, Yuval Steinitz, recém indicado ministro de Inteligência e Assuntos Estratégicos de Israel, disse estar aparentemente claro que armas químicas foram usadas recentemente na Síria, e que o suposto ataque será um dos principais tópicos de conversa com o presidente Obama, que chegou para uma visita ao país.

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