Por Marina Gama
SÃO PAULO, SP, 18 de fevereiro (Folhapress) - A primeira testemunha de acusação do julgamento de Gil Rugai começou a ser ouvida por volta das 13h20 de hoje. Ele é acusado de matar o pai, o empresário Luis Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra Troitino, 33. O crime aconteceu em 2004, em Perdizes (zona oeste de SP).
O então vigilante de rua Domingos Ramos Oliveira de Andrade confirmou um dos depoimentos dado à Polícia Civil, que afirmara ter visto o ex-seminarista saindo da casa onde o crime ocorreu junto com outra pessoa, que ele não conseguiu identificar.
No plenário, o vigia disse que não estava na guarita no momento, mas que, de onde estava, podia reconhecer Rugai, que atravessou a rua e se aproximou dele.
O réu acompanha a fala de Domingos no plenário. A testemunha, que está inserida no programa de proteção à testemunha, poderia pedir a saída de Rugai do plenário, mas não optou por esse direito.
O vigilante foi inserido no programa ao receber ameaças após seu segundo depoimento, quando disse reconheceu Rugai na noite do crime, segundo a Promotoria.
A sessão de julgamento começou com a escolha dos jurados que vão decidir o futuro de Gil Rugai. Foram convocadas 55 pessoas sendo que sete foram escolhidas para compor o júri - cinco homens e duas mulheres.
O advogado da família de Alessandra, Ubirajara Mangini, disse que os autos têm provas concretas e irrefutáveis de que Gil Rugai assassinou o pai e a madrasta.
Já a defesa promete surpreender o julgamento e apresentar nome de dois supostos assassinos do casal. Segundo os advogados de Gil Rugai, várias pessoas tinham motivos para querer o empresário morto.
Chegada
O ex-seminarista Gil Rugai chegou por volta das 10h de hoje ao Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, e disse que a defesa vai provar a sua inocência.
Rugai chegou acompanhado da mãe, Maristela Greco, e tentou despistar a imprensa ao chegar no mesmo momento do irmão, Léo. Cada um chegou por uma entrada do fórum. "Estou tentando ficar tranquilo, mas está difícil. A defesa vai provar [a inocência]. Estou bem confiante. Não tem provas, eles têm algumas suspeitas", disse.
A defesa diz que vai apresentar o nome de dois suspeitos de ter cometido o crime durante o julgamento, mas não revelou quem são eles. Os advogados do ex-seminarista dizem que os nomes são conhecidos e que estão nos autos do processo. "Vamos mostrar elementos que nunca foram revelados à imprensa", diz o advogado de defesa Thiago Anastácio.
Sem dar detalhes, os advogados de Gil Rugai disseram ainda que vão provar que o ex-seminarista estava a 4,5 km da casa do pai e da madrasta na hora do crime.
Rugai chegou a ficar preso de abril de 2004 até abril de 2006, quando conseguiu uma liminar a seu favor no STF. Em 2009, ele voltou a ser preso e foi solto horas depois ao conseguir outra liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, ele responde ao processo em liberdade.
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.02.2013, 17:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:33:57
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