SÃO PAULO, SP, 5 de fevereiro (Folhapress) - Pela primeira vez, um documento que respalda a execução, sem julgamento, de americanos supostamente ligados à Al Qaeda foi tornado público nos EUA.
O texto de 16 páginas do Departamento de Justiça -divulgado pela rede NBC News- determina que é legal matar um cidadão americano se um "um alto funcionário" decidir que o alvo "representa uma ameaça iminente de ataque violento contra os EUA".
Não é necessário, portanto, haver dados de inteligência que indiquem sua associação com a Al Qaeda ou com um plano de ataque aos EUA.
Em setembro de 2011, a justificativa já havia sido usada pelo governo para defender a morte do clérigo radical Anwar al-Awlaki num ataque com drones no Iêmen. Mas só agora a orientação aparece num documento oficial.
O texto determina que, além de constatar a "ameaça iminente" -critério subjetivo o suficiente para gerar ações controversas--, seria preciso determinar que não há condições de capturar a pessoa e que a ação será conduzida "de maneira consistente com os princípios da lei da guerra".
O assunto volta à tona na semana em que será sabatinado no Senado o indicado por Obama para assumir a CIA (inteligência), John Brennan, um dos "arquitetos" da campanha do uso de drones.
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.02.2013, 21:36:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:33
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