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ONG pede respeito a países da Primavera Árabe

SÃO PAULO, SP, 31 de janeiro (Folhapress) - A ONG Human Rights Watch defendeu hoje que as novas democracias do Oriente Médio e do norte da África devem respeitar os direitos humanos para não serem vistas como "novas formas de autoritarismo" no mundo.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.01.2013, 17:59:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:47
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SÃO PAULO, SP, 31 de janeiro (Folhapress) - A ONG Human Rights Watch defendeu hoje que as novas democracias do Oriente Médio e do norte da África devem respeitar os direitos humanos para não serem vistas como "novas formas de autoritarismo" no mundo.

A mensagem foi feita no relatório anual da entidade sobre o estado dos direitos humanos do mundo, em referência aos países que passaram pela chamada Primavera Árabe, iniciada em 2011. O ONG deu apoio às mudanças de regime na Tunísia, no Egito e na Líbia.

No entanto, defendeu que os governos respeitem os direitos das minorias, para que não sejam geradas novas formas de autoritarismo. O conselho foi lançado em meio a discussões sobre o aumento de poder de partidos islâmicos nos três países.

O cenário mais complicado é o do Egito, que passa há dois meses por protestos violentos contra o presidente Mohamed Mursi. Islâmico, o mandatário impulsionou uma nova Constituição com elementos da sharia (lei islâmica), restringindo direitos e liberdades e causando revoltas nas etnias mais liberais.

O relatório critica a Constituição aprovada pelos egípcios em dezembro por sua ambiguidade em temas como a religião, a liberdade de expressão e a família, que poderia colocar em "perigo" os direitos das mulheres e o exercício de algumas liberdades.

O diretor da ONG, Kenneth Roth, disse que estão enganados os que anseiam a estabilidade da ditadura. "É simplesmente um erro condenar o povo a um futuro sombrio do governo autoritário e repressão", afirmou, pedindo aos novos líderes da região que não usem as maiorias para atuar sem restrições.

Roth mostrou sua preocupação pela ascensão de grupos islamitas que usam a religião "para suprimir os direitos das mulheres, os dissidentes e as minorias", e criticou os que consideram os direitos das mulheres "uma imposição estrangeira".

Síria

Pelo segundo ano seguido, a Síria é destacada no relatório da Human Rights Watch, devido aos confrontos entre o regime de Bashar Assad e rebeldes. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o conflito deixou cerca de 60 mil mortos e quase 5 milhões de refugiados internos e externos.

A organização condena o país e os opositores pelos crimes de guerra, torturas e mortes sumárias praticadas pelos dois lados do conflito. O chefe da ONG se mostrou "profundamente frustrado" pela rejeição da Rússia e da China a sanções mais incisivas contra Assad no Conselho de Segurança da ONU.

A entidade é a favor de levar o conflito da Síria perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), de modo que todos os atores respondam perante a justiça as violações dos direitos humanos.

Ao mesmo tempo em que criticou a Síria, também pediu mais atenção aos regimes e reinados de Bahrein, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Uma parte importante do relatório é dedicada aos ataques à liberdade de expressão, especialmente no mundo muçulmano.

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