MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Justiça-RJ - (Atualizada)

Policiais envolvidos em morte da juíza Patricia Acioli são condenados Por Juliana Dal Piva RIO DE JANEIRO, RJ, 30 de janeiro (Folhapress) - Três policiais militares acusados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, foram condenados

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.01.2013, 23:12:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:49
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Policiais envolvidos em morte da juíza Patricia Acioli são condenados




Por Juliana Dal Piva

RIO DE JANEIRO, RJ, 30 de janeiro (Folhapress) - Três policiais militares acusados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, foram condenados hoje. Junior Cezar de Medeiros foi sentenciado a 22 anos e seis meses; Jefferson de Araújo Miranda foi condenado a 26 anos e Jovanis Falcão recebeu uma pena de 25 anos. Todos deverão cumprir as penas em regime fechado.

A juíza Patrícia Acioli foi executada em frente a sua casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio, com 21 tiros. Em dezembro, Sérgio Costa Júnior, outro réu do caso, foi condenado a 21 anos de reclusão.

Ontem, 13 testemunhas e dois informantes foram ouvidos pelo juiz Peterson Barroso Simão, que presidiu o júri. Os réus prestaram depoimento e negaram envolvimento no crime.

A principal testemunha, que prestou depoimento ontem, foi a advogada Ana Claudia Abreu Lourenço. Ela relatou que avisou aos réus, pouco antes do crime, que a juíza havia decretado a prisão dos três.

Lourenço também contou que incentivou o réu Jefferson de Araújo Miranda a fazer a delação premiada quando esteve com ele na Delegacia Antissequestro e acredita que ele tenha negado o depoimento anterior em função de ameaças. "O que eu posso dizer é que alguém, no meio do caminho, o fez voltar atrás da verdade", concluiu.

O primeiro a depor foi o delegado Felipe Ettore, que presidiu o inquérito sobre a morte da juíza na Delegacia de Homicídios do Rio. O delegado afirmou ao juiz que "os três tinham ciência do assassinato da juíza Patricia Acioli, desde o início do plano até o seu desfecho final".

Ettore relatou ainda que o depoimento prestado sob o benefício da delação premiada por Jefferson Miranda, durante o inquérito, foi totalmente espontâneo e que, naquele momento, a investigação já estava quase chegando ao fim. "A nova sistemática que ele deu foi o diálogo entre o Benitez e o coronel Claudio sobre a morte da juíza", completou.

Outra testemunha foi o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Ele lembrou que, desde 2008, estava sendo feito um trabalho conjunto de verificação e denúncia de autos de resistência supostamente forjados por policiais do 7º Batalhão da PM em São Gonçalo.

O advogado Bernardo Pinto Lugão também testemunhou e confirmou que estava presente quando Jefferson de Araújo Miranda depôs na época da medida cautelar, sob o benefício da delação premiada, e que o procedimento ocorreu normalmente, sem qualquer irregularidade.

O coronel Mario Sergio Duarte, comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro quando a juíza foi assassinada, também foi ouvido como testemunha de Junior de Medeiros. Após o depoimento, o coronel precisou receber atendimento médico.

"Ao tecer considerações pessoais sobre o inquérito da Polícia Civil, que declarou ter sido muito "persuasivo", o coronel Mario Sergio irritou a promotoria de Justiça. Ele também afirmou que retirou a escolta de dois policiais da magistrada, mas que nunca soube que ela sofria qualquer tipo de ameaça", informou o tribunal, em nota.

Crime

A magistrada foi morta com 21 tiros quando chegava em casa após o trabalho. Segundo investigações, a magistrada passou a incomodar o grupo de policiais quando foram iniciadas investigações sobre a corrupção no Batalhão de São Gonçalo.

A decisão de matá-la foi reforçada após dois integrantes do GAT (Grupo de Ações Táticas) serem presos sob suspeita do assassinato de Diego Beliene, 18 - os PMs eram investigados pela suspeita de terem forjado a morte de Beliene como sendo "auto de resistência", como são classificadas pela PM as mortes de suspeitos em confrontos.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Justiça-RJ - (Atualizada)"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!