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Presidente minimiza falta de reconhecimento diplomático

SÃO PAULO, SP, 28 de dezembro (Folhapress) - O presidente Federico Franco admitiu hoje que o não reconhecimento de seu governo por seus pares da Argentina e Brasil não prejudicou o Paraguai, mas que, ao contrário, o relacionamento com ambos os vizinhos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.12.2012, 20:41:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:03
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SÃO PAULO, SP, 28 de dezembro (Folhapress) - O presidente Federico Franco admitiu hoje que o não reconhecimento de seu governo por seus pares da Argentina e Brasil não prejudicou o Paraguai, mas que, ao contrário, o relacionamento com ambos os vizinhos se mantém fluido, com importantes conquistas.

"Não nos convidaram para participar das recepções [diplomáticas], mas nenhuma empresa paraguaia foi castigada no Brasil nem na Argentina", afirmou o chefe de Estado em coletiva de imprensa.

Ao realizar um balanço de seus seis meses de gestão à frente do governo, Franco destacou que "o relacionamento com o Brasil foi extraordinário".

"Prova disso é a confirmação da segunda ponte sobre o [rio] Paraná, cuja construção [começará imediatamente] por conta do país vizinho", explicou.

"Conseguimos que participem [na construção] algumas empresas paraguaias e conseguimos o desenvolvimento da região mais ao sul do alto Paraná", onde habitam milhares de colonos brasileiros, disse o presidente.

Argentina

Em relação à Argentina, Franco contou como conseguiu obter do governo de Cristina Kirchner o pagamento de sua dívida na represa binacional Yacyretá.

"Mediante a insistência, está começando a pagar a dívida que mantém com Yacyretá", observou.

Franco comentou a confiança expressa pelos capitalistas argentinos para investir no Paraguai, ao anunciar o início de um serviço de voos que o ligarão o país com províncias do norte argentino.

Com ironia, em alusão a seus colegas, disse que, em seu caso, "as questões ideológicas não me preocupam ao tomar decisões que beneficiem o país".

"Queremos deixar claro que o Mercosul também precisa do Paraguai, por sua produção de energia, sua terra renovável, por ser produtor de açúcar orgânico, carne. Estamos bem", reconheceu.

Ele ponderou que a atitude dos presidentes dos países vizinhos e sócios do Paraguai, de não reconhecer seu governo, "não fez outra coisa além de levantar o moral dos compatriotas".

Julgamento

Também hoje o chanceler paraguaio, José Felix Fernández, disse que os governos da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) "não têm atribuições legais nem morais para julgar o Paraguai", enquanto reiterou que os observadores do bloco não terão imunidade diplomática durante as eleições de 21 de abril.

"Este é um país livre. [Os observadores] poderão entrar pelo aeroporto ou por onde quiserem. Poderão se deslocar, mas não terão nenhum privilégio diplomático", afirmou Fernández.

A imunidade será concedida, no entanto, a observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da União Europeia.

O chanceler notou, em encontro com jornalistas, que os países da Unasul -exceto Chile e Colômbia, que já reestabeleceram seus embaixadores-, além de Nicarágua e Cuba, são os únicos que não reconhecem o governo de Franco.

A polêmica entre o bloco e o Paraguai teve início no processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo, em junho, considerado um golpe por governos sul-americanos, incluindo o Brasil.

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