SÃO PAULO, SP, 20 de dezembro (Folhapress) - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou hoje o envio de uma missão militar africana ao Mali para ajudar às autoridades a recuperar o controle do norte do país, nas mãos de rebeldes islamitas desde março.
A resolução, impulsionada pela França, autoriza o envio de uma força militar conjunta africana (Afisma) e foi aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho na presença do ministro das Relações Exteriores do Mali, Tieman Coulibaly.
A força militar se instalará por um período inicial de um ano, com o mandato de treinar o exército do país e apoiar o governo de para recuperar o controle do norte do Mali controlado por "terroristas, extremistas e grupos armados".
A resolução autoriza também à força militar conjunta africana a apoiar o governo na defesa da população civil e a criar um ambiente seguro para o envio de ajuda humanitária e o retorno dos deslocados aos seus lares.
Os 15 países do Conselho de Segurança pedem que o governo de transição em Mali a finalize um roteiro através de um diálogo político "inclusivo" que leve à restauração da ordem constitucional e à união nacional no país africano.
Concretamente, o principal órgão de decisão da ONU defende a realização de eleições presidenciais e legislativas que sejam "pacíficas, críveis e inclusivas" para o próximo mês de abril "ou tão rápido como seja tecnicamente possível".
A resolução também pede que os grupos rebeldes cortem todos seus vínculos com os grupos terroristas, especialmente com a Al Qaeda no Magrebe Islâmico e o grupo Monoteísmo e Jihad na África Ocidental.
Por último, condena as circunstâncias que levaram à renúncia do primeiro-ministro e seu gabinete no último dia 11 e exige aos membros das Forças Armadas que deixem de interferir no trabalho das autoridades.
O Governo de Bamaco e a Comunidade Econômica de Estado de África Ocidental (Cedeao) haviam apresentado à ONU um plano para o envio de 3,3 mil soldados africanos para recuperar o controle sobre o norte do país.
A região foi tomada por rebeldes e radicais islâmicos aproveitando a confusão após o golpe de estado do último dia 22 de março, que pôs um fim na ordem constitucional e a derrocada do então presidente Amado Toumani Touré.
A junta militar golpista, liderada pelo capitão Amado Haya Sanogo, se comprometeu pouco depois do levante, graças às pressões da comunidade internacional, à restauração da ordem constitucional.
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.12.2012, 21:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:18
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