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Batalha coloca direitos das minorias em perigo, diz ONU

SÃO PAULO, SP, 20 de dezembro (Folhapress) - O grupo da Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) que avalia o conflito na Síria declarou hoje que os confrontos se tornaram sectários e colocam minorias étnicas em risco, após 2

Da Redação

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Publicado em 20.12.2012, 13:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:19
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SÃO PAULO, SP, 20 de dezembro (Folhapress) - O grupo da Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) que avalia o conflito na Síria declarou hoje que os confrontos se tornaram sectários e colocam minorias étnicas em risco, após 21 meses de seu início.

Desde março de 2011, forças do regime de Bashar Assad, que é alauita (vertente do xiismo), combatem grupos rebeldes, em sua grande maioria sunitas, em diversas cidades do país. Segundo grupos de ativistas da oposição, mais de 40 mil pessoas morreram no conflito.

Em relatório, a comissão, que é presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, afirma que o conflito é "uma guerra de desgaste que provocou uma destruição incalculável e sofrimento humano".

Para o grupo, houve uma mudança de postura dos sírios nos últimos três em comparação com a avaliação anterior, divulgada em setembro. Eles dizem que os sírios passaram a relatar ofensivas de caráter marcadamente sectários, apesar de ser, em sua maioria, entre alauitas e sunitas.

Como exemplo, citaram um bombardeio feito pelas forças de Assad na Província de Latakia, que partiu de uma comunidade alauita para atacar sunitas. Do outro lado, cresceu o número de ações de grupos opositores contra minorias, como os alauitas e os cristãos.

Estes últimos foram vítimas de um atentado em 28 de novembro em Jaramana, na periferia de Damasco, que deixou 34 mortos e foi reivindicado pela Jabhat al Nusra, organização terrorista sunita inspirada na rede terrorista Al Qaeda.

O grupo da ONU também demonstrou preocupação com a formação de milícias armadas entre os grupos minoritários em bairros de Damasco e em outras cidades, que também são acusadas de participar da repressão aos rebeldes.

O aumento do caráter sectário também preocupa a comissão pela entrada de outros grupos extremistas, como o libanês Hizbollah e a própria Al Qaeda, além de combatentes iraquianos e iranianos. Na semana passada, Teerã anunciou que enviou integrantes de sua Guarda Revolucionária (Exército) à Síria.

Domínio

Sobre o domínio de forças governamentais e rebeldes na região, a comissão afirma que o ditador Bashar Assad ainda controla áreas importantes nas províncias do sul do país, como Deraa, onde há forte presença do Exército e grupos rebeldes menos organizados e armados.

Por outro lado, a situação é mais favorável aos opositores no norte, onde fica Aleppo, segunda maior cidade do país, e no centro, onde estão Homs e Hama. As três províncias são os principais territórios dominados pelos opositores.

Em relação a violações de direitos humanos, os dois grupos continuam cometendo prisões arbitrárias, torturas e execuções sumárias, características pelas quais poderiam ser julgados por crimes contra a humanidade em tribunais internacionais. A maioria delas é atribuída ao governo.

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