MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Promotoria prevê interrogatório sem novidade e defesa teme censura

Os interrogatórios de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, marcados para esta quinta-feira (25) e a possibilidade de acareação deles com Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta em 2008, devem tornar esse quarto dia do julgamen

Da Redação

·
 Multidão se concentrou em frente ao fórum de Santana nesses três dias de júri
Icone Camera Foto por R7.com
Multidão se concentrou em frente ao fórum de Santana nesses três dias de júri
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.03.2010, 05:55:00 Editado em 27.04.2020, 21:05:25
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Os interrogatórios de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, marcados para esta quinta-feira (25) e a possibilidade de acareação deles com Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta em 2008, devem tornar esse quarto dia do julgamento o de maior confronto emocional entre a defesa e a acusação.

continua após publicidade

O advogado do casal, Roberto Podval, questiona desde a véspera a possibilidade de ser cerceado quanto às perguntas que poderá fazer ao trio, caso haja acareação.

Tenho certeza de que na acareação poderei ser um pouco cerceado. Talvez alguns pontos que queira tocar não me permitam", afirmou.

continua após publicidade

Para o promotor Francisco Cembranelli, que reafirma a fragilidade física e emocional de Ana Oliveira, mantida desde segunda-feira dentro do fórum, "a defesa parece tentar no desespero um fato novo, uma questão que possa ser levada em consideração pelo júri."

Para Cembranelli, os depoimentos dos réus não deverão trazer nenhum fato novo: "Não acredito que vá mudar muito o que já aconteceu em juízo. A verdade é que eles vão muito provavelmente repetir o que contaram, agora melhor orientados pelos advogados", afirmou.


Testemunhas
Podval, que ouviu apenas duas das 20 testemunhas que havia arrolado voltou a dizer que está preocupado em agilizar o fim do julgamento. "Dispensei as testemunhas porque como vinha dizendo, a demora no julgamento atrapalha a defesa, que é a última a ser ouvida. Como falo por último achei por bem encurtar os depoimentos." Ele justificou a dispensa do pedreiro Gabriel Santos Neto, considerado até a véspera uma das principais participações no julgamento.

continua após publicidade

"Nunca coloquei o pedreiro como imprescindível, não é verdade. Eu tenho grandes dúvidas em relação ao pedreiro. Eu ouvi o jornalista afirmando o que o pedreiro tinha dito. Depois o pedreiro foi à delegacia e se desmentiu. Aí o pedreiro apareceu não sei de onde, não sei como e não sei com quem", afirmou.

Para o promotor, a estratégia da defesa se revelou falha: "A defesa entrou no julgamento com 20 testemunhas arroladas. Quando começamos hoje (quarta) à tarde tinha cinco testemunhas, das quais duas foram ouvidas.

continua após publicidade

Para quem ameaçou durante todo o tempo desqualificar um trabalho sério por mais de 30 profissionais, não abalou. Teremos agora a exposição da prova testemunhal e na ocasião da minha fala o jurado terá condições de visualizar de maneira panorâmica tudo aquilo."

continua após publicidade

Provas técnicas

A dispensa das testemunhas de defesa nesta quarta-feira (24), empurrou o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pela morte da menina Isabella Nardoni, em março de 2008, para o debate sobre a robustez das provas técnicas produzidas pela perícia.


Ao deixar o fórum, o advogado Roberto Podval, que faz a defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá levantou dúvidas sobre o encaixe entre as provas e a dinâmica apurados pela perícia.

continua após publicidade

De acordo com ele, na maquete produzida pela promotoria com base nos laudos deveria haver uma mancha de sangue, que não foi reproduzida. O detalhe chamou a atenção da defesa, que tenta provar descompasso entre a maquete, os laudos e a dinâmica do crime.

"A maquete foi feita de acordo com a perícia. Aí tem uma mancha de sangue que teria sido de alguém na porta do quarto da menina que não está na maquete", disse Podval. Segundo o advogado a perita explicou que a mancha não existe aqui na maquete porque o artefato é de acrílico e iria estragar.

Podval também questionou onde a mancha de sangue entra na dinâmica do crime. "Ela (perita) diz que dentro dessa dinâmica essa mancha está excluída. Se a dinâmica não se encaixa, não é a prova que tem de ser tirada, é a dinâmica."

Para o promotor Francisco Cembranelli, 'a defesa entrou no julgamento dizendo que ia descontituir toda a prova policial que foi feita, mas aconteceu justamente o contrário. Aquela prova que já era forte foi confirmada pelos peritos, principalmente com a oitiva (depoimento) da doutora Rosangela Monteiro."

Podval também questinou o trabalho da advogada que tentou desconstituir as provas. "Eu sempre pedi para que não respondessem apesar de extramente ofendidos por tudo que foi feito, principalmente por uma perita contratada que a defesa até descartou rapidamente diante de apresentar um trabalho raquitico, extremamente fraco."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Promotoria prevê interrogatório sem novidade e defesa teme censura"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!