SÃO PAULO, SP, 13 de dezembro (Folhapress) - O secretário-geral na Otan, aliança militar ocidental, Anders Fogh Rasmussen, disse hoje que o regime de Bashar Assad na Síria está próximo do colapso e deveria começar imediatamente a dar passos em direção a uma transição política.
"Creio que o regime em Damasco está chegando a um colapso", disse Rasmussen a repórteres depois de se reunir com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte na sede da Otan. "Acho que agora é só uma questão de tempo".
Rasmussen comentou a notícia divulgada anteriormente de que a aliança detectou o lançamento de mísseis Scud de curto alcance no começo desta semana.
"O uso desse tipo de armamento mostra o completo desdém pelas vidas da população síria. É algo imprudente e que eu condeno fortemente", disse.
Nesta quinta, a Síria negou através do ministro das Relações Exteriores o uso do armamento nos conflitos com o que chama de "grupos terroristas". O comunicado foi divulgado pela agência estatal Sana.
Rasmussen pediu ainda que o governo sírio "cesse a violência, para entender qual é a situação de fato e começar um processo que leve à acomodação das aspirações legítimas do povo sírio".
A Otan decidiu na última semana aprovar o envio de mísseis Patriot para que a Turquia se proteja da ameaça de mísseis vindos da Síria.
Mais cedo, o vice-chanceler russo Mikhail Bogdanov, enviado especial a questões no Oriente Médio, admitiu pela primeira vez que o ditador Bashar Assad está perdendo o controle do país e os rebeldes podem ganhar a guerra.
Conflito
Nos últimos meses, a capital síria sofreu grandes atentados contra prédios governamentais e áreas dominadas por partidários do regime, que as autoridades afirmam terem sido feito por terroristas, enquanto a oposição ao ditador Bashar Assad reivindica os ataques.
Pelo menos 16 pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas nesta quinta-feira após a explosão de um carro-bomba em Qatana, a 25 quilômetros de Damasco, na Síria. A informação é do canal de televisão libanês Al Manar, do movimento radical Hizbollah.
Em Damasco, um atentado aconteceu em Jaramana, bairro de maioria cristã e drusa, em 28 de novembro. A ação deixou 34 mortos e foi reivindicada pelo grupo Jabhat al Nusra, que diz ter vinculação com a rede terrorista Al Qaeda.
A organização foi incluída na lista de terroristas do governo americano e é uma das principais razões para que os países ocidentais não financiem o armamento dos rebeldes sírios contra o regime de Assad. Desde o início dos confrontos, pelo menos 40 mil pessoas morreram na Síria, segundo ativistas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.12.2012, 15:54:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:35
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