SÃO PAULO, SP, 12 de dezembro (Folhapress) - A televisão estatal da Síria informou hoje que três explosões simultâneas atingiram a entrada do Ministério do Interior do país, na capital Damasco. O canal diz que houve mortos e feridos, mas não confirmou número.
O canal Al Manar, do Líbano, informou que quatro pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas no ataque. Segundo testemunhas, as explosões aconteceram após um forte tiroteio na região da praça de Ummayad, onde fica o prédio governamental.
Com a explosão, as janelas e parte da fachada do prédio foram destruídos após a explosão de um carro-bomba e outros dois artefatos. Um buraco de dois metros foi aberto no local onde estava o veículo. Nenhum grupo reivindicou a ação.
Nos últimos meses, a capital síria sofreu grandes atentados contra prédios governamentais e áreas dominadas por partidários do regime, que as autoridades afirmam terem sido feito por terroristas, enquanto a oposição ao ditador Bashar Assad reivindica os ataques.
No dia 18 de outubro, o ministério foi alvo de uma moto-bomba, que explodiu sem causar danos materiais. O golpe mais grave ao governo foi em 18 de julho, quando quatro membros do alto escalão do regime foram mortos em uma ação contra um prédio de Damasco.
O último atentado na cidade aconteceu em Jaramana, bairro de maioria cristã e drusa, em 28 de novembro. A ação deixou 34 mortos e foi reivindicada pelo grupo Jabhat al Nusra, que diz ter vinculação com a rede terrorista Al Qaeda.
A organização foi incluída na lista de terroristas do governo americano e é uma das principais razões para que os países ocidentais não financiem o armamento dos rebeldes sírios contra o regime de Assad. Desde o início dos confrontos, pelo menos 40 mil pessoas morreram na Síria, segundo ativistas.
Armas incendiárias
Hoje, a organização Human Rights Watch afirmou que o regime sírio está usando armas incendiárias em áreas habitadas, como as regiões próximas a Damasco.
A entidade levantou a suspeita após ouvir testemunhas e ver vídeos de jornalistas. Eles disseram que as tropas do Exército aplicaram bombas de fósforo branco em duas cidades da periferia da capital, atingindo prédios e ferindo civis.
Embora o uso seja permitido em áreas não habitadas para criar nuvens de fumaça, o fósforo branco provoca queimaduras severas e problemas respiratórios e, por isso, seu uso é controlado e proibido em áreas habitadas ou em ataques a pessoas.
Muitos consideram o fósforo branco completamente proibido pela Convenção de Armas Químicas, que proíbe o uso como arma de substâncias químicas tóxicas que possam causar morte ou incapacitação de pessoas e animais.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.12.2012, 17:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:38
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