SÃO PAULO, SP, 11 de dezembro (Folhapress) - O serviço de inteligência dos EUA não detectou novos indícios de que a Síria esteja planejando usar armas químicas contra as forças rebeldes. O anúncio foi feito pelo secretário da Defesa, Leon Panetta, hoje.
"Estamos acompanhando a situação atentamente e deixando claro [às autoridades sírias] que, em nenhum caso, devem ser utilizadas armas químicas contra sua própria população", afirmou.
Vários países ocidentais emitiram alertas na última semana, solicitando que o ditador Bashar Assad não usasse armas químicas contra a população. Alguns dos documentos citavam relatórios emitidos pelos EUA, nos quais oficiais afirmavam que o governo da Síria poderia estar se preparando para usar gás venenoso.
Na semana passada, autoridades americanas que não quiseram se identificar afirmaram que o Exército sírio havia carregado bombas com gás sarin para lançá-las de um avião.
Em entrevista na quinta, o vice-chanceler, Faisal Maqdad, acusou as potências ocidentais de usar a suspeita para justificar uma intervenção militar. "Nós tememos uma conspiração dos Estados Unidos e de alguns países europeus, que devem ter entregado esse tipo de armas a terroristas na Síria para nos acusarem mais tarde de termos usado essas armas".
"Eu gostaria de acreditar que ele [Assad] entendeu a mensagem. Nós fomos bem claro e os outros [países] também", disse Panetta.
Desde o início da revolta, em março de 2011, mais de 40 mil pessoas morreram na Síria, segundo ativistas. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que mais de 250 mil se refugiaram em países vizinhos, enquanto 2,5 milhões se deslocaram para áreas mais tranquilas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.12.2012, 19:45:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:40
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