SÃO PAULO, SP, 11 de dezembro (Folhapress) - Os Estados Unidos designaram hoje o grupo radical islâmico Jabhat al Nusra, suspeito de ligações com a Al Qaeda, como uma organização terrorista.
Ao definir o grupo como uma organização terrorista, o Departamento de Estado dos EUA essencialmente classifica a Jabhat al Nusra, que advoga por um Estado islâmico na Síria, como uma afiliada da Al Qaeda no Iraque.
O comunicado do Departamento de Estado diz que a secretaria de Estado conclui que há fatos suficientes para embasar a suposição de que a Al Qaeda usa ou usou outros nomes no Iraque, incluindo a Jabhat al Nursa.
Funcionários do Tesouro americano também impuseram sanções a Maysar Ali Moussa Abdallah al Joubouri e Anas Hassan Khatab, dois chefes da organização.
Com a medida, as autoridades americanas agora podem congelar quaisquer bens que o grupo ou seus membros têm nas jurisdições dos Estados Unidos e proíbe americanos de dar qualquer suporte material.
Milícias
Além de colocar o grupo em sua lista negra, os EUA tomaram medidas contra duas milícias ligadas ao governo de Bashar Assad, na Síria.
O Tesouro americano bloqueou bens do governo sírio ao impor sanções às milícias Jaysh al Shabi e Shabiha, além de dois líderes da Shabiha.
As ações desta terça foram tomadas enquanto funcionários do governo compareciam à reunião do grupo de países para discutir a Síria, chamado Amigos da Síria, em Marrakech, no Marrocos, para discutir o conflito que já dura 20 meses.
O Departamento do Tesouro justificou que as milícias são parte da campanha do regime de Assad contra cidadãos sírios. Em comunicado, disse também que a Jaysh al Shabi tem laços com o Irã e o Hizbollah.
"Os Estados Unidos continuarão a perseguir agressivamente aqueles que suplantam os desejos do povo sírios de conquistar um governo representativo que empregue violência contra seu próprio povo", disse David Cohen, subsecretário para terrorismo e inteligência financeira.
"Vamos continuar mirando as milícias pró-Assad da mesma maneira que aos terroristas que falsamente se cobrem com a bandeira de oposição legítima."
Funcionários do governo americano enfatizaram seua preocupação com a crescente influência de elementos extremistas no conflito sírio.
A secretária de Estado Hillary Clinton era esperada na reunião até ficar doente com um vírus estomacal. O vice-secretário de Estado Bill Burns irá em seu lugar.
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.12.2012, 15:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:42
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