Dilma dá boas-vindas à Bolívia como integrante do Mercosul
Por Fernanda Odilla E Flávia Marreiro, Enviada especial
BRASÍLIA, DF, 7 de dezembro (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff deu boas-vindas hoje à Bolívia como nova integrante plena do Mercosul, durante a cúpula de presidentes realizada em Brasília.
O bloco é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, este último temporariamente suspenso do grupo.
"A entrada da Bolívia torna o Mercosul muito mais forte. Em nome de todos os países, queria dar as boas vindas ao nosso querido presidente Evo Morales e a todo povo boliviano que, para nós, traz ao Mercosul uma cultura diversificada, uma cultura dos povos indígenas, que muito nos orgulha", disse.
No discurso feito para presidentes e representantes de países membros e associados, Dilma anunciou ainda a criação de um sistema de mobilidade acadêmica, de uma rede de pesquisa e a reformulação do fundo de garantia para pequenas e médias empresas.
Novas adesões
Na reunião de hoje, os países membros do Mercosul vão discutir a entrada da Bolívia, do Equador do Suriname no grupo. Atualmente, Equador e Bolívia são Estados associados ao bloco, ao lado de Chile, Peru e Colômbia.
Em novembro, o presidente boliviano, Evo Morales, disse ser favorável ao ingresso de seu país no Mercosul, mas afirmou que a Bolívia não pretende deixar o outro bloco econômico regional a que pertence, a Comunidade Andina de Nações.
Ao dar boas vindas à Bolívia, sinalizando que a decisão já está acertada, Dilma destacou que prosseguem as negociações com o Equador, que pleiteia a entrada como membro pleno, e que o grupo está honrado com o interesse manifestado pelo Suriname em se associar ao bloco.
Criado em 1991, o Mercosul abriu as portas em agosto deste ano para a Venezuela, o que lhe garantiu o status de quinta economia mundial. O país, comandado por Hugo Chávez, terá até 5 de abril para adequação completa às regras e sistemas do Mercosul.
Paraguai
Sobre o Paraguai, suspenso do grupo em junho pela forma como foi conduzido o processo relâmpago de impeachment do então presidente Fernando Lugo, Dilma disse que o Mercosul se esforçou para não deixar a população desamparada, mantendo a normalidade dos trâmites comerciais.
Apesar das tentativas de autoridades paraguaias de antecipar a decisão, autoridades brasileiras avaliam que o Paraguai precisa assegurar que as eleições, marcada 21 de abril de 2013, sejam de fato democráticas para que a suspensão seja revista e o país reintegrado ao Mercosul.
Além de Dilma e de Evo Morales, participam do encontro os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Uruguai, José Mujica, do Equador, Rafael Correa, e representantes da Venezuela, Chile, Peru, Suriname e Guiana.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2012, 16:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:50
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