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Com boicote opositor, deputados aprovam voto aos 16 anos

SÃO PAULO, SP, 1 de novembro (Folhapress) - A Câmara de Deputados da Argentina aprovou na madrugada de hoje a lei que autoriza adolescentes entre 16 e 18 anos a votar, apesar do boicote dos partidos de oposição. A aprovação da medida era um pedido da p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.11.2012, 13:04:00 Editado em 27.04.2020, 20:38:20
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SÃO PAULO, SP, 1 de novembro (Folhapress) - A Câmara de Deputados da Argentina aprovou na madrugada de hoje a lei que autoriza adolescentes entre 16 e 18 anos a votar, apesar do boicote dos partidos de oposição.

A aprovação da medida era um pedido da presidente Cristina Fernández de Kirchner, que é acusada pela oposição de querer aproveitar o sufrágio dos mais jovens para garantir a vitória na eleição parlamentar do ano que vem.

O projeto de lei já havia recebido o visto do Senado em 17 de outubro e foi discutido pelos deputados durante toda a tarde e a noite.

Agora, os argentinos que têm entre 16 e 18 anos poderão votar de forma opcional, da mesma forma que acontece no Brasil. Com a nova regra, mais de 1,3 milhão de eleitores serão incorporados ao sistema eleitoral.

A lei foi aprovada com 131 votos a favor, dois votos a mais que o limite mínimo de 129 para a aprovação da medida. Também recebeu dois votos contrários e uma abstenção.

A autorização de voto para menores gerou polêmica na casa e acusações de que a medida tenha fins eleitoreiros. O senador Fernando "Pino" Solanas disse que é uma fraude pré-eleitoral, enquanto Elisa Carrió considerou um disparate introduzir os adolescentes à vida adulta.

A deputada governista Diana Conti defendeu a medida. "Não é oportunismo nem demagogia. É coerência, sem se importar com quem vão exercer esse direito a voto ou a quem se inclinam politicamente."

Boicote

No entanto, a vantagem poderia ter sido maior se a votação não tivesse sido boicotada pela oposição, feito após o deputado Andrés Larroque, vinculado ao grupo La Cámpora (aliado extremo do governo), chamar o opositor Frente Amplo Progressista de "narcosocialista".

"Li sobre socialismo científico, sobre socialismo utópico, mas nunca tinha ouvido falar de narcosocialismo", disse, insinuando que os membros do partido opositor têm relação com os chefes da polícia de Santa Fe, que são julgados por envolvimento com o tráfico de drogas.

Mais cedo, Larroque havia dito que o chefe de governo de Buenos Aires, Mauricio Macri, não se importava com os moradores da cidade e que os radicais não podiam governar "nem um carrossel".

A declaração provocou a fúria dos parlamentares opositores, que saíram aos gritos do plenário do Congresso. Em apoio ao Frente Amplo Progressista, deputados da União Cívica Radical (UCR) e do PRO também saíram do local.

O deputado e ex-candidato à presidente Ricardo Alfonsín chamou Larroque de autoritário e ironizou as declarações. "Foi uma atitude fascista. É incrível, porque tínhamos consenso. Esse cara é um gênio, tem futuro político."

O peronista Felipe Solá, que nos últimos meses estava mais próximo do governo, questionou o colega no próprio plenário. "Isso não é uma assembleia universitária, é o Congresso da Nação."

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