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Conflitos entre budistas e muçulmanos matam ao menos 20

SÃO PAULO, SP, 25 de outubro (Folhapress) - Depois de algumas semanas de calma, a violência sectária entre budistas e muçulmanos recomeçou em Mianmar, país da Ásia meridional, deixando ao menos 20 mortos, e forçando milhares de civis a se juntar aos ou

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2012, 15:49:00 Editado em 27.04.2020, 20:38:39
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SÃO PAULO, SP, 25 de outubro (Folhapress) - Depois de algumas semanas de calma, a violência sectária entre budistas e muçulmanos recomeçou em Mianmar, país da Ásia meridional, deixando ao menos 20 mortos, e forçando milhares de civis a se juntar aos outros 75 mil já deslocados desde junho, no oeste birmanês. Tropas do Exército já foram enviadas ao local.

De acordo com a agência de notícias Efe, são 50 mortos. A Reuters registra 56, e a AFP diz que são 20.

Além disso, cerca de 50 pessoas ficaram feridas e mais de mil casas foram incendiadas nos distúrbios, que começaram domingo, disse o chefe de comunicação do governo, Myo Than. Eles acontecem em várias aldeias do Estado de Rakhine, vizinho de Bangladesh.

Em uma tentativa de evitar que aconteçam novos enfrentamentos de intolerância, as autoridades mantiveram o toque de recolher nas aldeias de Mrauk U e Minbya, origem dos atos violentos que depois se estenderam a outras localidades.

Há uma onda de violência na região desde junho, que já deixou inúmeros mortos, a maioria de muçulmanos da etnia rohingya, minoria apátrida considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das mais perseguidas no mundo.

O estopim para os primeiros confrontos foi o homicídio de uma mulher budista, que havia sido estuprada, supostamente por três muçulmanos. O número estimado de mortes desde então é de 110 pessoas, segundo dados oficiais, mas muitas organizações consideram essa quantia abaixo da realidade.

Cerca de 800 mil muçulmanos da etnia rohingya vivem em Mianmar, a maioria em Rakhine, embora as autoridades do país, de maioria budista, não reconheçam sua cidadania e afirmem que eles procederam de Bangladesh.

Perseguição

A comunidade apátrida também não é reconhecida em Bangladesh, onde cerca de 300 mil rohingya estão aglomerados em campos de refugiados.

A ONU expressou sua preocupação com a escalada brutal do número de deslocados, por meio do chefe da organização no país, Ashok Nigam. Ele pediu "acesso irrestrito" às duas comunidades.

As principais organizações muçulmanas do país cancelaram as celebrações do Eid al Adha, uma das festas mais importantes do islã, que começa na sexta-feira.

Bangladesh, alertado sobre a possível chegada de vários barcos de rohingyas em fuga, reforçou as patrulhas de fronteira "para garantir que eles não entrem no território", segundo a Guarda Costeira.

A nova onda de violência ocorre após várias semanas de calma aparente, durante as quais a situação parecia estar sob controle, com estado de alerta e toque de recolher impostos em municípios em situação de risco.

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