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Patriota condena qualquer tipo de intervenção militar na Síria

SÃO PAULO, SP, 18 de setembro (Folhapress) - O governo do Brasil condena qualquer tipo de intervenção militar na Síria, disse hoje o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ao participar do seminário "Os Desafios da Política Externa Brasile

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2012, 16:52:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:14
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SÃO PAULO, SP, 18 de setembro (Folhapress) - O governo do Brasil condena qualquer tipo de intervenção militar na Síria, disse hoje o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ao participar do seminário "Os Desafios da Política Externa Brasileira em um Mundo de Transição", na Câmara dos Deputados, o chanceler disse que a crise que ocorre na Síria não pode ser solucionada militarmente. As informações são da Agência Brasil.

"Nos preocupa o que ocorre na Síria. Já temos repetido isso, que não há solução militar para esse tipo de situação. Isso é [para nós] uma espécie de mantra', disse Patriota, lembrando que há uma série de dificuldades no Iraque e no Afeganistão pelo fato de esses países terem sido alvos de intervenção militar. "O componente militar não apresentou soluções [nesses locais]', disse.

A onda de violência na Síria leva um ano e meio, tendo matado mais de 25 mil pessoas, segundo organizações não governamentais. A violência provoca também a fuga em massa de sírios que procuraram refúgio nos países vizinhos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas está dividido internamente em relação às medidas que devem ser implementadas na Síria. Para um grupo de países, liderados pelos Estados Unidos, a intervenção é a alternativa. Mas os governos da Rússia e da China rejeitam a proposta. Sem consenso, não há como adotar medidas por meio do conselho.

Patriota disse que situação considerada também "preocupante' ocorre na Líbia, país que, no ano passado, sofreu intervenção militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e, atualmente, dispõe de um elevado arsenal de armas e munições. Além disso, a situação do país afeta toda a região. "Há contaminação dos países vizinhos pela Líbia', destacou o chanceler.

Irã

Patriota também rechaçou hoje a possibilidade de intervenção externa no Irã na tentativa de encerrar o impasse em torno do programa nuclear desenvolvido no país. Patriota disse que "preocupa muito' as autoridades brasileiras as manifestações favoráveis a esse tipo de ação. O Irã sofre uma série de sanções por parte da comunidade internacional, que teme a fabricação de armas atômicas.

O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nega o uso não pacífico da tecnologia de energia nuclear desenvolvida no país. Segundo as autoridades iranianas, o programa nuclear será utilizado, entre outras áreas, na de saúde.

Patriota também mencionou a questão da busca pela paz entre israelenses e palestinos. O chanceler disse que, até o final do ano, visitará Israel e a Palestina. Segundo ele, é fundamental buscar uma solução pacífica para acabar com os conflitos que ultrapassam séculos na região.

"É muito importante lembrarmos de um acordo de paz de médio e longo prazo. É nesse sentido que mostra o perfil pacífico do Brasil, que é a vontade de dialogar com ambos os lados, uma vocação brasileira de convívio pacífico. Pretendo ir a Israel e a Palestina, também para retomada do tema pelas instâncias multilaterais', disse o chanceler.

A presidente Dilma Rousseff participa, no próximo dia 25, da 67ª Assembleia Geral da ONU. Será uma das primeiras a discursar e, a exemplo do que ocorreu no ano passado, ela pretende mencionar a necessidade de intensificar os esforços em busca da paz, citando israelenses e palestinos, por meio do diálogo.

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