SÃO PAULO, SP, 18 de setembro (Folhapress) - O Irã propôs hoje o envio de observadores de quatro países do Oriente Médio para monitorar a crise na Síria, enquanto recusou a saída do ditador Bashar Assad, principal aliado político de Teerã na região.
O ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, discordou dos três países da região que compõem o grupo de contato sobre a Síria -Egito, Arábia Saudita e Turquia-, que pedem uma transição sem o ditador.
Para Salehi, a solução do conflito sírio, que completou 18 meses em setembro, é a negociação entre a oposição e o regime de Bashar Assad, que devem estudar as proposições feitas e decidir se devem ser aplicadas.
Ele considerou que colocar condições iniciais debilita o processo para chegar a uma solução na crise na Síria, mas se mostrou otimista com as discussões com o quarteto de países, apesar das discordâncias.
Representantes do grupo de contato se reuniram ontem no Cairo. A junta de países foi criada por proposta do presidente do Egito, Mohammed Mursi.
No encontro, que teve a ausência da Arábia Saudita, foi decidida a continuidade das consultas no futuro, sobretudo em paralelo à reunião da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na próxima semana.
Enviado da ONU
Hoje o enviado especial da ONU, Lakdhar Brahimi, visitou um campo de refugiados de Hatay, na Turquia, em seu último dia de visitas à região.
O negociador conversou com os sírios e presenciou uma manifestação contra o regime de Bashar Assad. Com 80 mil refugiados, a Turquia é a principal base do Conselho Nacional Sírio, braço político, e do Exército Livre Sírio, principal força militar da oposição.
Não foram divulgadas informações de que se houve um encontro entre Brahimi e os representantes dos rebeldes em território turco.
Enquanto isso, os combates seguiam do outro lado da fronteira. Grupos opositores afirmaram que houve enfrentamentos na Província de Aleppo, no norte do país e que divide com a Turquia, durante a madrugada.
Moradores da região relatam bombardeios nos bairros de Bustan al Kasr e Izaa, a sudoeste da capital da província, além de confrontos entre rebeldes e o Exército na cidade de Sukkari.
Ontem pelo menos 72 pessoas morreram no conflito em todo o país, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres.
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2012, 09:55:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:16
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