SÃO PAULO, SP, 14 de setembro (Folhapress) - Manifestantes voltaram a protestar hoje em frente à Embaixada dos Estados Unidos na Tunísia contra o vídeo anti-Islã que provoca uma onda de protestos em países de maioria muçulmana desde terça.
A polícia teve que atirar para o alto para advertir as centenas de islâmicos que estavam em frente à representação, no subúrbio da capital Túnis, depois de disparar bombas de gás lacrimogêneo.
Na quarta, a polícia da Tunísia dispersou outra manifestação violenta em Túnis, com milhares de islâmicos movidos contra o filme "A inocência dos Muçulmanos", que faz uma paródia do profeta Maomé.
Outros países
Hoje, mais protestos ocorreram após a oração do meio-dia dos muçulmanos. Os confrontos mais intensos ocorreram no Egito, no Líbano e no Sudão.
Na praça Tahrir, no Cairo, são esperadas um milhão de pessoas para protestar contra o vídeo. Outro grupo de islâmicos está desde a madrugada em ato contínuo contra as imagens.
Em Trípoli, no norte libanês, um manifestante foi morto e outros dois ficaram feridos durante violentos confrontos com as forças de segurança.
Os agentes relataram que o homem morreu durante uma tentativa de invasão de um prédio governamental. Pelo menos 12 policiais tiveram ferimentos leves causados por pedras atiradas pelos manifestantes.
Os manifestantes incendiaram um restaurante da rede americana Kentucky Fried Chicken (KFC) na cidade.
No Sudão, islâmicos entraram nas embaixadas britânica e alemã, na capital Cartum. As representações ficam no mesmo quarteirão do prédio do corpo diplomático dos Estados Unidos.
Os sudaneses conseguiram invadir ambas representações após subir os muros dos prédios e ficaram na área externa dos locais, sem entrar nos edifícios diplomáticos.
Cerca de 5.000 islâmicos também são reprimidos pela polícia com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para evitar que ingressem na embaixada americana, principal alvo do protesto contra o vídeo.
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.09.2012, 12:21:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:26
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