SÃO PAULO, SP, 7 de setembro (Folhapress) - Após dois dias de reunião no Chipre, os países da UE (União Europeia) acordaram que é preciso "aumentar a pressão" sobre o regime sírio.
Novas sanções contra o governo de Bashar Assad estão sendo estudadas, segundo a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton.
"Há um sentimento generalizado de que é preciso aumentar a pressão sobre o regime para conseguir o cessar da violência e permitir o acesso à ajuda humanitária em todo o país", afirmou o chanceler espanhol, José Manuel García Margallo, após reunião com outros ministros do bloco no balneário de Pafos.
Os europeus não divulgam, no entanto, quais seriam as novas sanções a serem aplicadas contra o governo.
Em pouco mais de um ano, a UE aprovou resoluções que incluem o embargo ao petróleo sírio e à venda de armas ao regime.
O bloco também já aplicou sanções --como congelamento de bens e veto à entrada nos países do bloco-- a uma lista de 155 pessoas e 53 empresas ligadas a Assad.
Ashton, contudo, disse que a prioridade para a UE é dar total apoio ao trabalho do novo enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi --que chega amanhã ao Cairo para uma reunião com o secretário-geral do bloco árabe, Nabil al Arabi, antes de seguir para Damasco.
A chefe da diplomacia ainda pediu aos grupos de oposição que formem uma frente única contra o governo Assad.
Hoje, a Rússia disse que incentivará o Conselho de Segurança da ONU a aprovar o texto sobre princípios de transição política fechado no fim de junho em Genebra pelos membros permanentes do órgão (Rússia, China, EUA. Reino Unido e França)
Coalizão
A ideia é formar um governo de coalizão entre membros do regime e da oposição, mas não fala na saída de Assad.
"Existe o projeto de realizar uma reunião especial do conselho sobre a Síria. A Rússia defenderá que se aprove o comunicado de Genebra", disse o chanceler russo, Serguei Lavrov, após reunião com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, à margem do Fórum para a Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec) em Vladivostok.
Segundo um alto funcionário, Hillary teria dito a Lavrov que os EUA estão dispostos a discutir o texto no conselho.
Na Síria, os rebeldes sofreram um revés na batalha de Aleppo. Após 20 horas de combate, o Exército sírio, com tanques e helicópteros, conseguiu retomar um quartel.
Hoje a violência ultrapassou as fronteiras do país, e uma menina de 5 anos morreu ao ser atingida, em Al Qaim, no Iraque, por um foguete disparado da Síria.
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.09.2012, 13:10:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:43
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