SÃO PAULO, SP, 7 de setembro (Folhapress) - Um grupo de cerca de cem pessoas ocupou ontem, por volta das 20h, um conjunto habitacional semi-construído na Vila Cachoeirinha, zona norte de São Paulo. Segundo Irene Maestro, advogada que aconselha o movimento Luta Popular, um representante da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) foi hoje ao local e pediu para as famílias deixem o imóvel. Sem a retirada, a PM seria acionada.
As famílias temem ser forçadas a deixar o conjunto de forma violenta. A advogada, porém, afirma que até agora nem a polícia nem a Cohab mostraram mandado judicial para retirada das famílias.
Segundo ela, o representante da Cohab propôs fazer uma reunião para cadastrar as famílias em um programa de assistência à moradia, mas exigia a retirada das pessoas. Elas, porém, resolveram não deixar o local e dizem que estão cadastradas há anos e até agora não tiveram nenhuma assistência.
De acordo com o movimento, as obras de construção de moradia popular no local estão paralisadas desde 2007 porque o conjunto começou a ser construído sobre um lixão e o solo tem alta concentração de gás metano, o que gera risco de explosão. As famílias querem que a prefeitura tome atitudes para tornar a área habitável e termine a construção da vila de casas.
O conjunto habitacional Cingapura, na avenida Zachi Narch (zona norte), também teve problemas por ter sido construído sobre área de lixão. A concentração de metano no solo foi considerada muito alta pela Cetesb (órgão ambiental paulista) e o Ministério Público chegou a pedir a retirada das famílias que moravam no local.
A Polícia Militar diz que não registrou nenhum chamado referente à ocorrência na Vila Cachoeirinha.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.09.2012, 15:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:44
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