SÃO PAULO, SP, 4 de setembro (Folhapress) - O governo e a oposição de centro-esquerda concordaram hoje com a aprovação de um ajuste tributário para arrecadar até US$ 1 bilhão destinados de forma exclusiva à educação, motivo das manifestações estudantis nas últimas semanas no Chile.
A iniciativa foi proposta em abril pelo presidente Sebastián Piñera e havia sido rejeitada na semana passada pelo Senado, forçando a criação de uma comissão mista que já foi aprovada pelos deputados.
Com várias modificações no projeto original, o governo e a oposição selaram na madrugada de hoje acordo que possibilitará sua aprovação.
Os líderes estudantis, no entanto, rejeitaram o pacto político por considerar insuficiente o total que será arrecadado para financiar melhorias no sistema educacional.
Na semana passada, milhares de estudantes e professores iniciavam uma grande marcha pelo centro de Santiago, em uma nova manifestação convocada para exigir uma reforma no sistema educacional.
No ano passado, os estudantes organizaram mais de 40 passeatas por Santiago.
Reivindicações
Os estudantes exigem desde o ano passado uma reforma no sistema educacional chileno, herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu para menos da metade as contribuições públicas à educação e incentivou a inclusão do ensino particular.
Como consequência dessas reformas, o Chile conta hoje com um dos sistemas educacionais mais desiguais e caros do planeta, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Apenas 40% dos estudantes do ensino médio estudam em colégios públicos gratuitos e não existe a gratuidade nas universidades.
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.09.2012, 12:51:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:54
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