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Casal Nardoni é julgado após 11 habeas-corpus negados

Isabela de Oliveira Nardoni, de 5 anos, foi morta na noite de 29 de março de 2008. A perícia concluiu que a menina foi atirada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, e dois filhos pequenos

Da Redação

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  A menina Isabella foi jogada pela janela em 2008
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A menina Isabella foi jogada pela janela em 2008
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.03.2010, 14:17:00 Editado em 27.04.2020, 21:05:29
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Isabela de Oliveira Nardoni, de 5 anos, foi morta na noite de 29 de março de 2008. A perícia concluiu que a menina foi atirada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, e dois filhos pequenos do casal, na Vila Isolina Mazzei, na zona norte de São Paulo.

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O crime comoveu o País e ganhou grande repercussão. O pai e a madrasta de Isabella são acusados de matar a menina e começam a ser julgados hoje (22), no 2ª Tribunal do Júri de São Paulo, no Fórum de Santana, zona norte. Alexandre e Anna Carolina estão desde maio de 2008 em presídios em Tremembé, no interior de São Paulo. Os réus já perderam 11 decisões de habeas-corpus nas três instâncias da Justiça.
 

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Eles alegam inocência. De acordo com as investigações, foi encontrado um rastro de sangue que começava na porta de entrada do apartamento do casal, passava pela sala, onde havia vestígios de uma poça grande, seguia pelo corredor de acesso aos dormitórios e terminava no quarto dos irmãos de Isabela, Pietro e Cauã.
 

Segundo mostram os laudos, também havia sangue na maçaneta e no interior do carro da família. Outras marcas de sangue foram encontradas na tela de proteção e no parapeito da janela do quarto dos meninos. A tela de proteção da janela estava cortada. Os laudos mostram ainda indícios de que Isabela foi espancada antes da queda.

Na versão do casal Nardoni, Alexandre chegou com os filhos, desligou o carro e primeiro subiu com Isabela no colo, que estava dormindo. Depois de deixar a filha na cama ele conta que voltou até a garagem para ajudar Anna Carolina com os dois meninos. Ao voltar para o apartamento, Alexandre diz que encontrou a porta aberta, a tela de proteção cortada e a menina caída no gramado do Edifício London.
 

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Para o promotor de Justiça, Francisco José Cembranelli, um dos responsáveis pela acusação no caso, o pai e a madrasta são culpados pelo crime. "É o que a prova mostra. A prova os compromete. Essa é a verdade nua e crua", disse Cembranelli em entrevista ontem (21) ao jornal "O Estado de S. Paulo".
 

De acordo com a denúncia do promotor, a menina foi estrangulada pela madrasta, Anna Carolina, e arremessada pelo próprio pai, Alexandre, através da janela do sexto andar do prédio onde moravam. "Isabella foi muito agredida e acabou defenestrada depois de uma sucessão de atos cometidos pelos acusados", afirma Cembranelli.
 

Já para o advogado criminalista, Roberto Podval, defensor do casal Nardoni, "não há absolutamente como condenar nenhum dos dois". Ontem (21) ao "Estado", Podval disse que o crime virou um espetáculo da Idade Média. "Parece aquelas mortes apregoadas em praça pública. As pessoas gostam de ver sangue. Não há preocupação de se fazer justiça, mas de vingar a morte da menina " Podval diz que o caso "está pautado na perícia que, desde o primeiro momento, parte da culpa do casal para chegar ao resultado". Em sua opinião, não será possível um julgamento justo e honesto.

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