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O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, concedeu nesta sexta-feira (15) habeas corpus para a soltura do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, mas mesmo assim ele deverá permanecer detido em decorrência de mais um mandado de prisão que há contra ele . Cachoeira foi preso em fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontado como chefe de uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás. Apesar da decisão do desembargador, Cachoeira não deverá ser solto imediatamente, segundo informou o advogado Augusto Botelho, que trabalha no escritório contratado para a defesa do contraventor. Isso porque, também nesta sexta (15), a juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara da Justiça do Distrito Federal, indeferiu pedido da defesa de revogação da prisão de Cachoeira referente à Operação Saint-Michel. A Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do DF e do Ministério Público do DF, foi um desdobramento da Monte Carlo. Investigou as relações do grupo de Cachoeira com empresas e agentes públicos no Distrito Federal e levou à prisão de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, construtora suspeita de repassar recursos para empresas fantasmas que abasteciam o esquema de Cachoeira, segundo a investigação da PF. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), responsável pela custódia de Cachoeira na Papuda, confirmou a informação de que o contraventor seguirá preso. De acordo com o departamento, o bicheiro não será solto porque há outro mandado de prisão contra ele em vigor. O advogado Augusto Botelho informou que a defesa de Cachoeira pretende ingressar durante o plantão judicial, no final de semana, com novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a fim de tentar revogar o mandado de prisão expedido pelo TJ-DF referente à Operação Saint-Michel.
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