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O coronel da PM Mário Colares Pantoja foi preso nesta segunda (7) no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves, que fica em Santa Izabel, no nordeste do Pará. Pantoja se apresentou espontaneamente após o juiz da 1ª Vara do Tribunal de Justiça do Pará ter determinado, na manhã desta segunda feira, a prisão do coronel e do Major José Maria Pereira de Oliveira. Ambos foram condenados pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra em 1996.
O massacre, que aconteceu no dia 17 de abril de 1996, teve o trágico saldo de 19 sem-terra mortos e mais de 60 pessoas feridas. Algumas delas com seqüelas que vão acompanhá-las pelo resto da vida: balas instaladas na cabeça ou cravadas em músculos que atrapalham a locomoção e causam dor.
Pantoja estava em liberdade por conta de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitia que tanto ele quanto o Major José Maria recorressem das sentenças em liberdade. Porém, em abril deste ano as condenações transitaram em julgado, fase que não permite mais recursos, e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) expediu o mandado de prisão.
O TJE também pediu a prisão do major José Maria Pereira de Oliveira, que também foi condenado pelo envolvimento no massacre, mas até o momento Oliveira ainda não se apresentou para a Superintentência do Sistema Penitenciário (SUSIPE) do estado.
MST
Mais cedo, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, Ulisses Manaças, comemorou a determinação da prisão. "O MST está entusiasmado com a decisão judicial. Mesmo sendo um fato antigo, o massacre é emblemático para o MST e para os direitos humanos", afirmou.
Com informações do G1 Pará
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