Brasil e Estados Unidos selaram na última semana, durante encontro entre os presidentes Dilma Roussef e Barack Obama, um acordo que promete beneficiar produtores brasileiros de cachaça. Atendendo a uma antiga reivindicação do setor, a bebida foi reconhecida como um produto exclusivamente brasileiro.
Antes do acordo com o governo americano, os produtores eram obrigados a classificá-la como "rum brasileiro". A partir de agora, os rótulos terão a palavra “cachaça”. E esse nome não poderá ser usado por empresas de outros países. A partir de agora, o Brasil é o legítimo dono da cachaça, assim como a tequila é tradicional bebida do México, o uísque é originário da Escócia e a vodka da Rússia, entre outras bebidas que têm origem primária em determinado país.
A decisão de Brasil e Estados Unidos está sendo comemorada em todo o País pelos fabricantes de cachaças artesanais, produto que tem uma grande aceitação no mercado externo, mas que enfrenta problemas burocráticos de comercialização.
No Vale do Ivaí, um dos principais fabricantes de cachaça artesanal é a família de Natanael Carli Bonicontro, de Jandaia do Sul. O engenho localizado no Km 4 da Rodovia BR-369, entre Jandaia do Sul e Bom Sucesso, produz cachaça desde 1994 e comercializa a marca “Cachaça Companheira”. Trata-se de uma bebida considerada macia, suave, saborosa e de cheiro agradável, armazenada e envelhecida em tonéis de imburana ou de carvalho, para a qual não se usa qualquer produto químico na sua fermentação. A marca tem selo de qualidade, com registro no Ministério da Agricultura.
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