Mohamed Merah, que alegava pertencer à Al Qaeda e era suspeito de matar sete pessoas nos últimos dias em Toulouse, morreu durante a invasão da polícia a seu apartamento depois de pular pela janela enquanto ainda atirava nesta quinta (22), afirmou o ministro francês do Interior, Claude Guéant.
- Mohamed Merah pulou da janela ainda atirando.
O ministro disse aos jornalistas que Merah atacou a polícia com "extrema violência".
- Ele foi encontrado morto no chão.
A polícia entrou no apartamento onde Mohamed Merah, de 23 anos, estava sitiado desde a madrugada de quarta-feira.
Segundo Guéant, a decisão de invadir o prédio foi tomada após a perda de contato com o suspeito desde a noite anterior.
O cerco policial na cidade de Toulouse terminou após 30 horas de tensão.
s policiais que invadiram o apartamento teriam sido recebidos a tiros. Guéant afirmou que Merah teria pulado por uma janela do apartamento, com uma arma na mão, e foi encontrado morto no chão.
Poucas horas antes, a polícia cortou a energia do quarteirão de Toulouse, no sudeste da França, em que se encontrava Mohamed Merah, de 23 anos, suspeito de ser o autor dos atentados que mataram sete pessoas. Uma fonte da polícia chegou a afirmar que Merah estaria morto, o que não foi confirmnado oficialmente pelas autoridades francesas.
- Eles avançam lentamente ante a eventualidade de que existam explosivos no apartamento. Ele não se manifesta. A conclusão está em curso.
Três policiais teriam ficado feridos na ação, um deles gravemente ferido. Mais cedo foram ouvidas três fortes explosões perto do edifício e uma ambulância dos bombeiros entrou no perímetro de segurança criado pela polícia na região.
Ansiosos, os jornalistas aguardavam do lado de fora enquanto observavam a movimentação no imóvel que Mohamed utilizou como esconderijo. As detonações foram fortes e ecoaram por todo o bairro em Toulouse.
Aparentemente, a polícia utilizou granadas de efeito moral para forçar a saída ou a negociação com o suspeito. Janelas e portas foram destruídas na ocasião. Após as detonações, houve uma movimentação de policiais em frente ao imóvel, mas em seguida o silêncio voltou a tomar conta do ambiente. Alguns jornalistas pediram aos soldados presentes que houvesse uma declaração oficial, algo que não aconteceu.
À 1h30 (horário local), as autoridades do Ministério do Interior francês confirmaram que a polícia não entrou no imóvel e o suspeito concordou em se render. As autoridades anunciaram uma conferência de imprensa para o final da ação.
Três novas detonações foram ouvidas às 3h (horário local).
O suspeito estava armado com duas metralhadoras e pertence supostamente ao grupo terrorista Al Qaeda. As autoridades francesas já haviam tentado entrar no imóvel, porém Mohamed respondeu às tentativas com tiros que feriram três policiais.
A casa sitiada fica a cerca de 3 km da escola judaica onde um rabino e três crianças foram mortos a tiros na manhã de segunda-feira. As autoridades francesas acreditam que o mesmo homem matou também três soldados na região na semana passada, já que a mesma arma foi usada nos três ataques, e a mesma moto foi usada pelo suspeito para fugir.
Há informações de que o jovem passou por treinamentos militares no Paquistão e no Afeganistão, onde chegou a ser preso em Kandahar, no Sul do país. A polícia interrogou também o irmão dele, considerado peça importante para esclarecer os fatos.
As investigações avançaram após a identificação do computador do irmão do suspeito, no qual ficou registrado um encontro com a primeira vítima do atirador, um militar de Toulouse que colocou sua moto à venda em um site na internet. No momento do encontro, o militar, de 30 anos, foi morto com tiro à queima-roupa.
Uma pista que também ajudou nas investigações foi a identificação de uma moto usada pelo suspeito. Os policiais visitaram várias concessionárias da marca na região e o funcionário de uma delas informou que um cliente tinha perguntado como eliminar um chip que permite localizar o veículo após um roubo.
Para as autoridades francesas, o jovem de 24 anos também é o autor dos disparou que mataram três soldados na região, na semana passada. A mãe do rapaz foi chamada para negociar, mas não quis tentar convencê-lo.
Na França, o ataque à escola judaica mobilizou as autoridades. O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, acompanhou os parentes das vítimas, que seguiram para Jerusalém, em Israel, onde os corpos foram enterrrados.
A arma e a motocicleta usadas nos três ataques – à escola e aos militares – foram identificadas pelos policiais franceses. No caso dos militares mortos, os três soldados eram de origem norte-africana. De acordo com as investigações, o autor dos dispartos usava uma câmera presa ao corpo para gravar os ataques.
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