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Depoimento revela amizade suspeita do comandante do 7º BPM

Apontado pela polícia como mentor da morte da juíza Patrícia Acioli, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes mantinha um relacionamento muito próximo com o ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), tenente-coronel Claudio Luiz Oliveira, que

Da Redação

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Tenente-coronel Claudio foi preso na última semana
Icone Camera Foto por Fábio Gonçalves/Agência O Dia
Tenente-coronel Claudio foi preso na última semana
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.10.2011, 10:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:44:45
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Apontado pela polícia como mentor da morte da juíza Patrícia Acioli, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes mantinha um relacionamento muito próximo com o ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), tenente-coronel Claudio Luiz Oliveira, que teria sido o mandante do crime. A intimidade entre eles - que estão presos - ficou evidente nos depoimentos dos dois cabos que confessaram participação no crime, em troca da delação premiada, que prevê redução de pena.

De acordo com o depoimento de um dos PMs, no último dia 29, na 3ª Vara Criminal de Niterói, a relação entre Claudio e Benitez era de amizade, considerada bem diferente da que o então comandante mantinha com os outros oficiais do 7º BPM.

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Mandante do crime tirou escolta por vingança

“[...] a relação entre Benitez e o coronel Claudio era de amizade [...]. Percebia-se que Benitez era muito protegido pelo coronel e os outros oficiais não tinham a mesma proteção”

Segundo um outro cabo, que também teve a família integrada ao Programa de Proteção à Testemunha e que depôs no último dia 25, na Divisão de Homicídios, quando capitães e majores davam uma ordem ao tenente Benitez e ele não gostava, o tenente reclamava com o tenente-coronel Claudio, que analisava as ordens e fazia sempre o que o tenente queria.

O primeiro PM a revelar detalhes do crime disse que, nos dias de serviço, Benitez mantinha contato pessoal com o comandante frequentemente, no gabinete de Claudio, no pátio e por telefone, sempre diretamente.

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A ideia sobre a morte da juíza passou a ser uma espécie de obsessão para o tenente, que teria dito a outros PMs do GAT (Grupamento de Ações Táticas) que seria muito bom se ela morresse.

De acordo com o depoimento do cabo que falou na 3ª Vara Criminal de Niterói, quando Benitez comentou com Claudio sobre a ideia de matar a magistrada, recebeu o seguinte retorno: "Você me faria um grande favor".

O cabo contou ainda que Benitez consultou o tenente-coronel sobre detalhes do plano para matar Patrícia Acioli. Na conversa, Claudio teria dado um conselho: "Fazer com mais um, porque com mais de dois passaria a não ter segredo"

No trecho seguinte, o policial diz que o ex-comandante poderia ter evitado o crime: "Se o coronel tivesse vetado o trabalho de Benitez, dizendo para não fazer, o trabalho não seria realizado".

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