A expedição do Flutuador pelo Rio Tietê completa neste sábado (17) a quarta semana de navegação. Já foram percorridos quase 400 km. Na maior parte do trajeto, o que se viu foi muita sujeira e poluição.
Em Laranjal Paulista, no interior de São Paulo, o trabalho dos pescadores com a rede é minucioso. Não dá pra deixar espaço para os peixes fugirem, já que há tão poucos no rio. “A gente pega de tudo, plástico copinho descartável, pneu”, diz o pescador Marcio Aparecido Miranda. "Peixe está cada vez mais difícil."
Enquanto os pescadores seguem seu caminho, a equipe de apoio teve que fazer uma pequena manutenção no flutuador. “Tem que estabilizar o Flutuador para ele marcar a oxigenação correta, aí sim a gente seguir a navegação”, afirma Dan Robson, guardião do Flutuador.
Depois que tudo foi resolvido, o guardião partiu com cuidado para dar continuidade ao percurso, em um trecho do rio com muitas correntezas. A equipe seguiu o Flutuador de barco, mas também com dificuldade. Segundo Dan Robson, a navegação está mais difícil. Ele já programa mudanças. “Na segunda-feira, nós teremos que mudar de caiaque”, diz.
A cidade de Laranjal Paulista trata quase 100% do esgoto que produz, mas como recebe muita sujeira de outras cidades os índices medidos foram péssimos. Logo na saída, o flutuador registrou um índice de 1,6 mg/l. Em seguida, caiu pra 1,5 mg/l e depois para 1,4 mg/l - um Tietê quase morto.
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