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Embaixador da Líbia reconhece o governo de transição e diz que continua no Brasil

O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Zubeide, disse nesta sexta-feira (26) que reconhece o governo do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão de representação política dos rebeldes líbios, e afirmou que irá continuar no cargo, que deixou à dispos

Da Redação

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Embaixador da Líbia reconhece o governo de transição e diz que continua no Brasil
Icone Camera Foto por Mariana Londres/ R7
Embaixador da Líbia reconhece o governo de transição e diz que continua no Brasil
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.08.2011, 15:55:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:10
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O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Zubeide, disse nesta sexta-feira (26) que reconhece o governo do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão de representação política dos rebeldes líbios, e afirmou que irá continuar no cargo, que deixou à disposição do conselho.

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- Quero declarar a minha lealdade ao Conselho [CNT] e continuarei a exercer o cargo de embaixador da líbia no Brasil, servindo aos interesses do povo líbio à disposição do Conselho Nacional de Transição até que alguém seja designado para desempenhar esse papel.

Zubeide é embaixador da Líbia no Brasil desde 2007 e era leal ao ditador Muammar Gaddafi - que teve seu complexo militar tomado nesta semana pelos rebeldes e atualmente está desaparecido.

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- Depois de estudar a situação da Líbia nas últimas semanas cheguei à conclusão que o povo líbio está do lado do Conselho de Transição.

O embaixador disse ainda que deseja sucesso ao órgão rebelde e que não sabe do paradeiro de Gaddafi.

- Desejo toda a prosperidade e paz ao meu povo, ao meu país, e todo o sucesso ao Conselho, que tem os esforços para estabilizar o país e promover estabilidade e segurança na Líbia. O que eu sei sobre o paradeiro de Gaddafi é que eu vejo pela televisão, não tenho outras informações.

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Relações com o Brasil não devem mudar

Para o embaixador, as relações da Líbia com o Brasil não devem mudar com a instalação de um novo regime.

- A relação da Líbia com o Brasil vai ser melhor porque há muitas empresas daqui com negócios na Líbia que têm que continuar os seus projetos. A Líbia também tem relação políticas e comerciais com o Brasil.

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Há uma semana, a Embaixada da Líbia em Brasília foi palco de uma confusão. Durante um jantar, realizado em comemoração ao Ramadã, convidados do embaixador protestaram contra o regime do ditador líbio.

No jantar, parte das pessoas presentes trocou a bandeira líbia - toda verde, utilizada pelo regime de Gaddafi - pela adotada pelo CNT e antiga bandeira do Reino da Líbia.

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A troca de bandeiras provocou a revolta de três parentes do embaixador líbio e duas pessoas terminaram feridas.

Desde a sexta-feira passada (19) a bandeira hasteada na embaixada é a do Conselho Nacional de Transição.

Brasil manterá sanções à Líbia; país estuda apoio aos rebeldes

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Ainda nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afastou a hipótese de o Brasil suspender unilateralmente as sanções impostas à Líbia pela ONU (Organização das Nações Unidas), segundo a Agência Brasil.

Patriota disse que qualquer modificação e decisão referente ao tratamento dado à Líbia por parte do governo brasileiro está ligada às iniciativas do Conselho de Segurança da ONU.

- O Brasil não costuma se posicionar unilateralmente sobre sanções. É uma matéria para deliberação do Conselho de Segurança. O conselho impôs por unanimidade as sanções há alguns meses, qualquer determinação de modificação, suspensão e interrupção terá que ser tomada pelo conselho.

Em fevereiro, o Conselho de Segurança impôs sanções econômicas, financeiras e comerciais à Líbia. As restrições determinam a suspensão de negociações e acordos com líbios e autoridades ligadas ao governo do presidente Muammar Gaddafi. Também ordenam o congelamento de bens de Gaddafi e seus colaboradores em bancos estrangeiros.

O Brasil ainda não declarou seu apoio ao Conselho rebelde. O porta-voz do Itamaraty, o embaixador Tovar Nunes, disse nesta segunda-feira (22) que o governo ainda faz consultas, ouve análises e aguarda manifestações para se posicionar.

Antonio Patriota já teria conversado com líderes da União Africana e Liga Árabe sobre o acirramento do cerco ao presidente da Líbia, Muammar Gaddafi.

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