A Justiça de São Paulo autorizou nesta sexta-feira (19), a pedido da Polícia Civil, a quebra do sigilo telefônico do estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, suspeito pela morte do cartunista Glauco e do filho dele, Raoni, na madrugada de sexta-feira (12).
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, também foram quebrados os sigilos telefônicos do amigo de Cadu, Felipe Iasi, que esteve na casa de Glauco junto com Eduardo Nunes. A polícia também terá acesso aos dados telefônicos das vítimas, Glauco e Raoni.
A polícia pediu na quinta-feira a quebra do sigilo telefônico. O jovem fez três ligações durante a fuga.
Glauco e Raoni levaram quatro tiros cada um. O cartunista estava em casa com a família, no mesmo terreno onde fica a Igreja Céu de Maria, da doutrina do Santo Daime. De acordo com os depoimentos e as investigações da Polícia Civil, o suspeito, conhecido como Cadu, chegou ao local acompanhado do também estudante Felipe Iasi.
Segundo Iasi, ele foi rendido por Cadu depois que o colega o chamou para sair. Ele foi obrigado, com uma arma na cabeça, a ir até a casa de Glauco. No local, ao perceber uma distração de Cadu, fugiu. A versão foi confirmada pelo suspeito, mas desmentida por outras testemunhas, como Beatriz Galvão, mulher do cartunista.
De acordo com a polícia, o plano de Cadu era levar Glauco até a casa de sua mãe para ele convencê-la de que o irmão dele seria o Cristo reencarnado. Na casa do cartunista, Cadu ameaçou atirar em Glauco diante de sua recusa em seguir com ele. Com a confusão, Raoni chegou ao local e houve uma discussão. Foi quando o suspeito atirou nas duas vítimas.
Após os disparos, Cadu ficou escondido na mata próxima à casa do cartunista até o início da manhã seguinte. Segundo o rastreamento de seu telefone celular, ele tentou se aproximar da casa da família outras duas vezes.
Na manhã de domingo (14), pegou um ônibus e depois roubou um carro na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Depois, seguiu para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde tentou fugir para o Paraguai. Na fuga, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.
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