Itália vai aumentar as taxas sobre os ganhos financeiros e flexibilizar o mercado de trabalho para reduzir o défice público.
Estes são, apenas, algumas das medidas que integram o novo programa de austeridade para os próximos dois anos, e que o governo quer adotar até 18 de agosto.
A crise da dívida na Europa obrigou o executivo liderado por Silvio Berlusconi a equilibrar as contas públicas, um ano mais cedo do que previsto.
Em 2010, o país apresentava um défice orçamental de 4,6% do PIB. Sete décimas acima daquele que é esperado este ano.
Para baixar a fasquia, o governo vai ter de cortar salários e ajudas sociais e convencer a população que é por uma boa causa.
“Espero que Berlusconi acorde. Ou ele acorda ou se vai embora. Votei nele, mas tem de despertar e fazer alguma coisa. Caso contrário, é melhor que parta” refere uma mulher.
Um homem considera que “todas as iniciativas para facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho desapareceram. Mas não desistimos, mesmo que a situação piore.”
“Dizem que as coisas vão voltar a ser o que eram na década de 40, depois da guerra” afirma uma mulher.
A confirmarem-se os cortes nos salários e direitos dos trabalhadores, a dirigente da maior federação sindical italiana, admite avançar com mais uma greve geral.
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