O dólar voltou a fechar em queda nesta sexta-feira (29), perdendo força após dois dias de ganho sobre o real. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 1,551, em queda de 1,15%, abalada pela incerteza sobre a dívida soberana e o crescimento econômico dos Estados Unidos, que derrubou o dólar em todo o mundo.
Na semana, a moeda teve perda de 0,27% e na semana, de 0,70%. No ano, a queda acumulada chega a 6,8%.
Nos últimos dois dias, o dólar havia registrado alta de quase 2%, com a adoção de um imposto sobre operações com derivativos de câmbio. A moeda era cotada antes nos menores níveis desde 1999, e o governo tinha a intenção de frear a valorização do real para proteger as exportações.
Mas os fatores internacionais voltaram a pesar nesta sexta-feira, e o dólar sofreu com a indefinição a respeito da dívida dos Estados Unidos. Se o Congresso daquele país não chegar a um acordo até 2 de agosto para elevar o teto da dívida, o país pode ser forçado a dar um calote.
A notícia de que os Estados Unidos crescem a um ritmo mais lento do que o previsto também abalou o dólar.
"O mercado é escasso de comprador. Não tem ninguém querendo comprar dólar, só o Banco Central", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.
A autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólar no mercado à vista nesta sexta-feira, repetindo a atuação dos últimos dois dias.
A taxa Ptax , usada para a liquidação de contratos futuros e derivativos em vencimento, fechou a R$ 1,5563 para venda, em baixa de 0,56%.
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