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Novo relatório identifica erros da tripulação em acidente

O Escritório de Investigação e Análise (BEA) anunciou nesta sexta-feira (29) que identificou uma série de erros da tripulação no acidente do voo 447 da Air France, sobre o Oceano Atlântico, que matou todas as 228 pessoas a bordo, em 1º de junho de 2009

Da Redação

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 Robô operado remotamente recolhe a caixa-preta da aeronave e agora atua no resgate dos corpos das vítimas
Icone Camera Foto por BEA - Divulgação
Robô operado remotamente recolhe a caixa-preta da aeronave e agora atua no resgate dos corpos das vítimas
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2011, 23:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:27
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O Escritório de Investigação e Análise (BEA) anunciou nesta sexta-feira (29) que identificou uma série de erros da tripulação no acidente do voo 447 da Air France, sobre o Oceano Atlântico, que matou todas as 228 pessoas a bordo, em 1º de junho de 2009.

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O BEA divulgou o terceiro relatório sobre as causas do acidente do voo da Air France entre Rio de Janeiro e Paris. O documento foi feito com base na análise dos dados das caixas-pretas e gravadores do Airbus A330 da Air France, recuperadas do mar.

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Segundo o documento, os pilotos não adotaram os procedimentos adequados nos últimos minutos de voo, após terem ocorrido dois incidentes inesperados: a perda de indicadores de velocidade, com o congelamento das sondas Pitot -para a qual não estavam preparados- e a perda de sustentação da aeronave.

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Os pilotos "não identificaram formalmente a situação de perda de sustentação", apesar de o alarme sonoro que a indicava ter soado durante 54 segundos, segundo os dados analisados pelo BEA.

Eles também não aplicaram os procedimentos necessários após o congelamento dos sensores de velocidade, que provocaram a perda das indicações de velocidade na cabine.

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O BEA informou que os pilotos que estavam no comando "não receberam treinamento em alta altitude" sobre os procedimentos adequados nessa situação.

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O piloto que estava no comando pilotava o avião manualmente, pois a pilotagem automática estava desativada depois que se perdeu a indicação de velocidade.

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O relatório informa que o comandante foi descansar às 2h da madrugada, sem deixar "instruções claras" aos dois copilotos que ficaram no comando. Ele teria voltado à cabine só às 2h11. A gravação se interrompeu às 2h14.

O relatório confirmou a informação obtida em maio de que a tripulação respondeu aos alertas de velocidade apontando o nariz do avião para cima, e não para baixo.

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De acordo com o BEA, a tripulação também não avisou aos passageiros sobre o que estava ocorrendo a bordo.

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O relatório também listou dez recomendações de segurança e recomendou melhor treinamento dos pilotos, inclusive de como pilotar aeronaves manualmente em grandes altitudes .

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Air France defende pilotos
Logo após a divulgação do relatório, a Air France divulgou nota defendendo sua equipe.

O BEA já considerava que um defeito nos sensores de velocidade Pitot era uma das causas do acidente, mas o órgão sempre ressaltou que a explicação definitiva só seria conhecida quando fossem recuperadas as caixas-pretas. Acreditava-se que o mau funcionamento dos sensores não explicaria por si só o acidente.

Caixas-pretas
As duas caixas-pretas -que registraram os parâmetros do voo e as conversas na cabine dos pilotos- foram resgatadas do fundo do mar no início de maio, após passarem 23 meses a 3,9 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico.

Na véspera do anúncio deste novo relatório, a associação Entraide et Solidarité AF447 (Ajuda Mútua e Solidariedade AF 447, numa tradução livre) considerou "inaceitável" a acusação aos pilotos do voo e disse que espera que o documento permita compreender suas reações antes do acidente.

"Queremos a verdade. Queremos detalhes técnicos sobre os últimos três minutos do voo para termos uma ideia das reações dos pilotos", afirmou Robert Soulas, presidente da entidade. Em 27 de maio, o BEA divulgou um relatório, mas, para Soulas, a informação dada foi "muito pequena".

"Com base nas informações fornecidas, acreditamos que as acusações contra os pilotos são inaceitáveis. Eles já não mais estão aqui para poderem se defender, é fácil acusá-los. Precisamos de provas concretas", criticou Soulas, que representa as famílias de 60 das vítimas.

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