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Venezuelano do Talleres acusa Bobadilla, do São Paulo, de xenofobia: 'Nunca me envergonharei'

O lateral-esquerdo Miguel Navarro, do Talleres, se pronunciou sobre o que aconteceu com ele durante a partida contra o São Paulo, pela Libertadores, na noite desta terça-feira, no MorumBis. O venezuelano relatou ofensas xenofóbicas por parte do são-paulin

(via Agência Estado)

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Escrito por (via Agência Estado)
Publicado em 27.05.2025, 22:38:00 Editado em 27.05.2025, 22:43:35
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O lateral-esquerdo Miguel Navarro, do Talleres, se pronunciou sobre o que aconteceu com ele durante a partida contra o São Paulo, pela Libertadores, na noite desta terça-feira, no MorumBis. O venezuelano relatou ofensas xenofóbicas por parte do são-paulino Bobadilla.

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"Queria eu ter, em minhas mãos, a solução da fome que vive meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Não creio que possa fazer muito contra a pobreza mental", escreveu o jogador em seu Instagram.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes. Vou até as últimas consequências contra o ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil por parte de Damían Bobadilla. No futebol, não há espaço para discursos de ódio", concluiu.

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Nos momentos finais do segundo tempo, uma confusão foi iniciada, com jogadores se manifestando em tom de cobrança contra Bobadilla. Navarro tentou deixar o campo, mas foi impedido pelo árbitro chileno Piero Maza.

O jogador, que chorava, permaneceu no campo até o fim da partida. Ao sair, concedeu entrevista para a transmissão de TV, mas foi sucinto. "Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo", disse.

O lateral-direito Augusto Schott e o técnico interino Mariano Levisman lamentaram a situação. "Quero falar sobre o racismo que sofremos. Talvez doa o dobro porque estamos aqui onde se promove muito contra o racismo. Um companheiro nosso está muito triste. Não quero deixar passar isso", lastimou o jogador.

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Navarro foi ao Juizado Especial Criminal do MorumBis para registro de ocorrência. Ele relatou aos policiais ter sido chamado de "venezuelano morto de fome". O caso também será apurado pela Conmebol.

O clube argentino publicou uma nota em apoio ao atleta. "Nós nos solidarizamos profundamente com Miguel e sua família neste momento. Como instituição, nos manifestamos contra qualquer forma de discriminação. Não há lugar para ódio no futebol", diz um trecho.

Integrante do mesmo grupo que São Paulo e Talleres na Libertadores, o Alianza Lima teve o desfalque de Pablo Cepellini recentemente. O uruguaio foi suspenso por quatro meses por chamar pejorativamente de "boliviano" um adversário do Boca Juniors.

Na entrevista coletiva, o técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, desconversou sobre o assunto. O argentino reclamou por ter sido questionado sobre o tema e disse que preferia falar sobre a classificação às oitavas da Libertadores.

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