Dominante nos 100m rasos e 200m do atletismo nos quatro últimos Jogos, as velocistas jamaicanas amargam na pista do Stade de France a pior participação olímpica do país nessas provas em 48 anos.
Entre os Jogos de Pequim-2008 e Tóquio, em 2021, as atletas do país caribenho conquistaram 15 das 24 medalhas distribuídas nessas provas e monopolizaram o pódio dos 100m rasos na China e no Japão. Agora, as velocistas deixam Paris sem medalhas. É a primeira vez desde Montreal-1976 que o país não vai ao pódio feminino em nenhuma dessas provas.
"Sei que o mundo está acostumado com as vitórias da Jamaica e com a Jamaica sempre comemorando", disse Asafa Powell, jamaicano que deteve ou compartilhou o recorde mundial dos 100m por quase três anos antes de Usain Bolt quebrá-lo quando entrou em cena em 2008. "Mas, acredite, isso vai voltar a acontecer."
As velocistas jamaicanas enfrentaram lesões que atrapalharam a campanha em Paris. Elaine Thompson-Herah, Shelly-Ann Fraser-Pryce e Shericka Jackson, que conquistaram as três medalhas dos 100m rasos no Japão e todas com mais de 30 anos, desistiram de suas corridas olímpicas devido a lesões.
As peças começaram a desmoronar no dia 9 de junho, quando Thompson-Herah, bicampeã dos 100m e 200m, machucou o tendão de Aquiles em uma competição em Nova York. Exatamente um mês depois, Shericka Jackson, dona do segundo tempo mais rápido da história nos 200 m, se lesionou em uma prova na Hungria.
Isso deixou Fraser-Pryce, de 37 anos, como a única saudável do trio, mas isso terminou no sábado, quando, pouco antes das semifinais dos 100m, ela desistiu devido a uma lesão não revelada. Depois, nas redes sociais, ela disse que era "difícil descrever a profundidade da minha decepção".
A melhor velocista jamaicana em Paris foi Tia Clayton, de 19 anos. O sétimo lugar nos 100m é um resultado muito respeitável para uma estreante em Olimpíadas, mas é modesto para uma nação com o histórico que tem a Jamaica.
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