O tênis brasileiro não terá força máxima nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no próximo mês. Melhores tenistas do País na atualidade, Beatriz Haddad Maia e Thiago Wild ficaram de fora da convocação. Os principais atletas do Brasil no Chile serão Thiago Monteiro, atual 117º do mundo em simples, e Luisa Stefani, 10ª do ranking de duplas.
Os capitães das equipes masculina e feminina, Jaime Oncins e Roberta Burzagli, chamaram também Marcelo Demoliner (70º nas duplas), Gustavo Heide (294º), Carolina Meligeni (276ª) e a medalhista olímpica Laura Pigossi (130ª). O Pan de Santiago será disputado entre os dias 20 de outubro e 5 de novembro.
A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) fez a convocação com base nos critérios anunciados em abril deste ano. Para as chaves de simples, masculina e feminina, foram convocados os tenistas com os dois melhores rankings no dia 4 de agosto. O mesmo vale para as duplas masculina e feminina. Para as duplas, o critério é diferente: "os atletas classificados serão escolhidos pelos capitães durante a competição para formarem a dupla".
Pelos critérios, deveriam ser chamados tanto Bia quanto Wild, que eram (e continuam sendo no momento) os números 1 do Brasil, tanto na WTA quanto na ATP. A brasileira, que se recupera de lesões nas duas mãos, já havia descartado a possibilidade de jogar o Pan antes mesmo de sofrer o acidente no banheiro do hotel onde estava hospedada no WTA 1000 de Guadalajara, nesta semana, no México.
Atual número 18 do mundo, ela vem disputando os principais torneios do circuito nesta temporada e terá pela frente uma série de torneios na Ásia na mesma época do Pan. A distância geográfica acabou inviabilizando sua presença em Santiago. Número 76º da ATP, Wild também desistiu do Pan. Assim como Bia, Wild e os duplistas Rafael Matos e Marcelo Melo optaram por não competir no Chile em razão de conflitos com o calendário da ATP.
Na lista de convocados, a maior surpresa é Gustavo Heide, que obteve a classificação direta para o Pan por ter conquistado a medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, no ano passado.
"Esta é uma competição diferente do habitual, já que os tenistas estão jogando pelo País. Então o importante no Pan é manter o foco no jogo, nos treinamentos do dia a dia e se preparar da melhor forma para o torneio de tiro curto. Devemos trabalhar dessa forma", projetou Jaime Oncins, capitão do time masculino na Copa Davis e no Pan.
Capitã da equipe feminina, Roberta Burzagli destacou que as meninas do Brasil devem encontrar certa facilidade na adaptação na capital chilena por gostarem de jogar na altitude. "Temos uma equipe forte e as meninas gostam de jogar com um pouco de altitude. Então, vamos fazer de tudo para buscar novamente o pódio", comentou.
O time feminino será liderado por Stefani, maior referência de duplas do Brasil. Ela e Carol Meligeni faturaram a medalha de bronze no Pan de Lima, em 2019. Também nas duplas, ela levou o bronze com Laura Pigossi nos Jogos Olímpicos de Tóquio, dois anos depois.
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