Iga Swiatek confirmou neste sábado que é uma das melhores jogadoras da atualidade em quadras de saibro e difícil de ser batida no seu piso favorito. A tenista polonesa, líder do ranking mundial há 62 semanas, até perdeu um set, mas confirmou o favoritismo na decisão de Roland Garros ao superar a checa Karolina Muchová por 2 a 1, parciais de 6/2, 5/7 e 6/4 para erguer o troféu da competição pela terceira vez em batalha de 2h49. De quebra, garantiu a brasileira Bia Haddad pela primeira vez na história entre as 10 melhores do ranking - assumirá o 10º lugar na lista que será divulgada nesta segunda-feira após fantástica campanha na França.
A conquista do segundo título seguido em Paris - também havia sido a campeã de Roland Garros em 2020 - veio com bela campanha de sete vitórias e somente um set desperdiçado. A polonesa arrasou Cristina Bucsa e Claire Liu, ambas sofrendo um pneu (6 a 0), humilhou Wang Xinyu ao não perder nenhum game (duplo 6 a 0), viu Lesia Tsurenko abandonar quando perdia por 5 a 1, e ainda mostrou força contra Cori Gauff e Bia Haddad na semifinal até a dura final deste sábado.
Com saque potente e devoluções rápidas e precisas, Swiatek abriu logo 3 a 0 na decisão, diante de uma Muchová bastante nervosa. A checa demorou a entrar no jogo. Após enfim confirmar seu saque, teve chance de devolver a quebra, mas mandou a direita para fora o break point em game de 10 minutos.
Apesar da melhora de Muchová na decisão, Swiatek seguia acertando os melhores golpes e com 5 a 2, abriu logo 40 a 0 no saque da oponente para ter a primeira chance de fechar o set. Com punho cerrado, vibrou nova quebra e recebeu os aplausos da torcida após fazer 1 a 0 em 43 minutos.
O roteiro do segundo set se repetiu até o quarto set. A líder do ranking abriu 3 a 0 até ver a checa celebrar um game conquistado. O jogo parecia caminhar para uma vitória tranquila da polonesa quando a checa, enfim, conseguiu aproveitar um break point. Sacando bem, voltou ao jogo ao empatar em 3 a 3.
Buscando seu sexto triunfo diante de uma Top 10 do ranking na carreira, o segundo seguido em Roland Garros após desbancar a número 2 do mundo, a belarussa Aryna Sabalenka, nas semifinais, Muchová mudava sua estratégia a todo tempo na final para confundir Swiatek. Mas uma esquerda em paralela recolocou a favorita em vantagem na final.
Então sossegada na partida, Swiatek mostrou sinais de irritação quando foi para o saque em 4 a 4 e saiu em desvantagem de 0 a 30. Gesticulou brava em direção a seu técnico lamentando os erros fáceis. Muchová aproveitou o momento favorável para ter nova chance de quebra. E viu a líder cometer dupla falta para liderar um set pela primeira vez.
Eis que a pressão de fechar a parcial acabou atrapalhando a checa e a bola para fora custou a igualdade. A ansiedade e tensão eram grandes e ninguém mais conseguia confirmar o serviço. Após três quebras seguidas, a checa aproveitou o terceiro match point para igualar a final após devolução para fora de Swiatek em um game disputado com jogadas incríveis.
Aproveitando o bom momento, a checa fez logo 2 a 0 na parcial decisiva. Depois de permitir a reação da número 1, que virou para 3 a 2, ela mostrou a frieza da semifinal para voltar a comandar o placar em 4 a 3 e com o saque. Os gritos de "Iga, Iga", fizeram a campeã ressurgir no jogo e arrancar para o mais duro título dela em Roland Garros após dupla falta de Muchová e 6 a 4 no set decisivo.
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