O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) manteve, nesta quinta-feira, a multa de R$ 80 mil imposta ao Botafogo pelo caso dos bonecos enforcados com os rostos do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e da mandatária palmeirense Leila Pereira. As peças foram penduradas no estádio do Engenhão antes do duelo entre Palmeiras e Botafogo, realizado no dia 17 de julho.
O clube carioca foi denunciado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por não prevenir e reprimir desordem na área de desporto. O episódio previa ainda perda de mando de campo de uma a dez partidas, mas a punição ficou apenas na multa aplicada.
O julgamento foi realizado após um recurso do clube carioca. Dos nove auditores presentes, três votaram pela absolvição, dois pediram a redução do valor (de R$ 80 mil para R$ 50 mil) e quatro pediram a condenação do Botafogo.
De acordo com informações fornecidas pela Polícia Militar e inseridas na denúncia, os bonecos com os rostos dos dois dirigentes foram retirados do estádio cerca de três horas antes do início da partida, válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Para a Procuradoria do STJD, a situação tinha como objetivo incitar a violência por parte dos torcedores botafoguenses, fato corroborado por mensagens veiculadas em redes sociais indicando que "os torcedores do Palmeiras não eram bem-vindos ao Rio".
André Alves, advogado responsável pela defesa do Botafogo, alegou que, assim que os bonecos foram identificados, o clube acionou a polícia para a retirada dos fantoches. Além disso, o autor do ato foi identificado e banido dos estádios.
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