Nomeado para assumir a função de diretor esportivo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em janeiro deste ano, Steve Nielsen renunciou ao cargo. De acordo com a emissora britânica BBC, a saída do dirigente foi comunicada internamente nesta quinta-feira.
Convidado a atuar na posição de comando para melhorar as operações de controle de corrida da entidade, sua saída estaria relacionada à falta de sintonia com a FIA em cumprir as alterações nas operações.
A mudança vai agitar os bastidores da Fórmula 1, já que as equipes e pilotos aprovaram a indicação do dirigente. No GP da Bélgica deste ano, George Russell, diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, atestou sua admiração pelo profissional ao dizer publicamente que Nielsen foi uma "grande adição" para a equipe de operações da FIA.
Nielsen ingressou na FIA após uma longa carreira dentro do esporte. Ele foi diretor esportivo em equipes como a Tyrrel, Benetton, Renault e Williams. Entre tantas atividades, desempenhou papel fundamental na organização da temporada de 2020 em meio à Covid-19.
Esta foi a segunda movimentação entre os cargos diretivos que aconteceu no mês de dezembro. No dia 13, Deborah Mayer também renunciou ao cargo de chefe da comissão feminina da entidade.
As mudanças ocorrem num momento político complicado para o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, e sua mulher, Susie Wolf, diretora da F1 Academy, foram alvo de investigações com base em informações confidenciais que estariam sendo repassadas a um piloto da F-1.
Dias depois de anunciar a averiguação sobre o caso, a entidade recuou e divulgou, em um segundo comunicado, que a investigação havia sido concluída.
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