O São Paulo fechou o ano de 2023 com déficit de R$ 62,2 milhões, conforme registrado no balanço anual do clube, que ainda será votado no Conselho antes de ser publicado, mas os valores foram antecipados pelo site UOL e confirmados pelo Estadão. O saldo negativo vem mesmo após o clube tricolor conseguir a arrecadação de R$ 680,7 milhões, superior aos R$ 660,5 milhões arrecadados em 2022.
Desde o ano passado, o presidente são-paulino Julio Casares vinha falando sobre a possibilidade de terminar a temporada em déficit, como consequência das decisões que priorizaram o desempenho esportivo do time, campeão da Copa do Brasil pela primeira vez em sua história. O título rendeu premiação de R$ 70 milhões aos cofres tricolores.
Em dezembro, após ser reeleito, Casares disse que recusou ofertas por quatro jogadores no mês de agosto, quando o torneio nacional estava em suas fases finais. Ao mesmo tempo em que não se abriu a propostas por nomes importantes do elenco, o clube teve despesas de R$ 76,7 milhões para fazer novas contratações e renovar vínculos ao longo de 2023.
Quando aceitou sentar-se à mesa de negociações, o São Paulo vendeu Lucas Beraldo ao Paris Saint-Germain, no final de dezembro. Para ter o atleta de 20 anos, o clube francês desembolsou aproximadamente R$ 107 milhões. Então donos de 60% dos direitos econômicos do atleta, os são-paulinos ficaram com cerca de R$ 64,2 milhões. Já os demais 40% foram divididos entre Beraldo e o XV de Piracicaba, time que o revelou.
'O BALANÇO REFLETE UMA ESCOLHA', DIZ CASARES
Com o déficit de R$ 62,2 milhões, a dívida do São Paulo aumentou em R$ 80 milhões e chegou ao total de R$ 666 milhões, valor abaixo dos R$ 680,7 milhões de receita acumulada no ano passado, ponto que a diretoria são-paulina destaca para defender a saúde de suas finanças.
"O balanço de 2023 reflete uma escolha adotada pelo São Paulo na última temporada. Preferimos investir no departamento de futebol e manter jogadores. Poderíamos ter negociado mais atletas, mas qual é o valor do gol que o Nestor fez na final da Copa do Brasil?", afirma Julio Casares sobre o balançou do último ano de seu primeiro triênio como presidente.
Na atual temporada, vive a expectativa de ter mais equilíbrio financeiro. Para isso, apóia-se em fatores como a venda dos naming rights do Morumbi, que virou oficialmente MorumBis em 2024, e os acordos com a casa de apostas Superbet, patrocinadora master do clube desde o início deste ano, e com a New Balance como nova fornecedora de material esportivo.
"Além da premiação do torneio, os naming rights do estádio, o novo acordo de patrocínio e o aumento público são reflexos desta conquista. Esses acordos e o novo contrato de transmissão devem alavancar ainda mais nossa receita em 2024. É importante também considerar que a nossa dívida total é inferior à nossa receita anual. Esse é um indicativo importantíssimo dentro do mercado financeiro. Novidades virão", conclui o presidente.
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