A torcida do Corinthians está engajada na "vaquinha" para pagar a dívida com a Caixa Econômica Federal pela Neo Química Arena. Em 24 horas da campanha, foram arrecadados R$ 7,46 milhões. O projeto conta com o apoio da Gaviões da Fiel, principal organizada do time alvinegro, e tem como meta alcançar o R$ 700 milhões, valor devido pelo clube ao banco estatal.
O planejamento é de que o projeto dure seis meses. Caso a meta não seja alcançada, o valor será utilizado para renegociar e amortizar a pendência com a Caixa. As doações ocorrem por meio de Pix e vão para uma conta específica do próprio banco. O montante só poderá ser movimentado após o encerramento da campanha.
Se a vaquinha continuar no ritmo de arrecadação das primeiras 24 horas, o projeto levaria 92 dias para alcançar a meta, ou seja, pouco mais de três meses, metade do prazo máximo estabelecido pela organização da vaquinha.
Cabe ressaltar que em nenhum momento o dinheiro passa pelos cofres do Corinthians. Inclusive, o clube alertou torcedores sobre endereços de sites falsos que levariam. Ao todo, 36 páginas fraudulentas já foram derrubadas pelo departamento de Tecnologia da Informação do Corinthians.
Em outubro, o Corinthians assinou um Protocolo de Intenções junto à Caixa e a Gaviões para viabilizar o projeto. A dívida do estádio subiu em quase R$ 150 milhões nos últimos quatro anos, indo de R$ 566 milhões em 2020 para R$ 710 milhões até o meio de 2024. Ele se originou do empréstimo feito pelo Corinthians em 2014, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com intermédio da Caixa, no valor de R$ 400 milhões.
Em 2023, o ex-presidente Duílio Monteiro Alves chegou a anunciar que havia um acerto com a Caixa para a quitação da dívida, informação negada pelo sucessor Augusto Melo. O atual mandatário chegou a se reunir em Brasília com o banco, mas a diretoria não chegou a apresentar uma proposta concreta.
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