O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Vila Belmiro, e veio a público manifestar o seu apoio ao trabalho de Fábio Carille à frente do comando técnico da equipe. Após encerrar uma sequência de quatro derrotas seguidas na Série B do Campeonato Brasileiro, com o triunfo de 2 a 0 sobre o Goiás, ele aproveitou a presença da imprensa também para dizer que o clube está atento ao mercado e reforços pontuais vão chegar à Vila Belmiro.
Na conversa, que durou aproximadamente uma hora e meia, Teixeira se baseou na campanha realizada pelo Santos no Campeonato Paulista (vice-campeão) e ao bom início da Série B para não fazer mudanças no futebol.
"Temos um elenco qualificado. Todos ficamos empolgados com o desempenho no Campeonato Paulista. Chegamos à final e perdemos por detalhes diante de uma equipe qualificada (o Palmeiras ficou com o título). O Santos se apresentou bem contra os times paulistas que estão na Série B. Temos o controle total de tudo", afirmou o dirigente que admitiu, no entanto, que o clube vem pagando o preço de estar ainda "entendendo", o que é uma disputa de Série B.
As lições desse período turbulento, que envolveu ataque ao ônibus do clube após a derrota para o Novorizontino na volta para São Paulo, e ainda cobrança de torcedores uniformizados a jogadores no CT do clube, devem ser assimiladas a partir de agora, principalmente no aspecto esportivo.
"A pressão existe e tem que ser administrada com coerência. Estamos jogando uma divisão diferente. Sabedores que às vezes não vamos jogar bem, mas precisamos ganhar. Série B não é espetáculo. Jogar bem e ganhar. Jogar mal e ganhar tb. Precisamos subir para voltar à elite. O erro tem de ser corrigido. Se o erro não for corrigido e o desempenho não for favorável, a gente troca. Mas não é o caso", comentou o dirigente.
A questão sobre o grupo também foi mencionada por Marcelo Teixeira, que teve uma reunião com o elenco durante o período das quatro derrotas para cobrar uma reação e tentar buscar explicação para a queda de rendimento.
"A cobrança foi normal (sobre a reunião com os jogadores). Falam em brigas e falta de identificação. Não é o caso desse elenco. São jogadores que aceitaram estar aqui e estão comprometidos em levar o Santos para a Série A."
Sobre os motivos que levaram o clube a essa queda de rendimento, Teixeira atribuiu o lado emocional no período sem vitórias. "Quatro derrotas seguidas são incomuns. Hoje, o Santos joga uma vez por semana. O grupo teve que lidar por um mês com esses quatro jogos. O emocional foi muito forte. Ninguém é máquina. Vim aqui para dar o respaldo, pois acompanho o trabalho".
Jogadores para reforçar o elenco com o objetivo de fortalecer o grupo estão no radar da diretoria. Atento ao mercado, o mandatário santista não falou em nomes sob justificativa de que a janela ainda não está aberta. Mas prometeu agir nesse sentido sem fazer loucuras.
"Todos gostaríamos de anunciar atletas da Série A, mas primeiro esbarro no orçamento. Estamos pagando as contas do que fizeram no passado. Outra coisa, temos que trazer jogadores que queiram jogar a Série B. Única competição desse semestre. Profissionais querem disputar grandes competições e temos que entender isso. Mas vamos conseguir voltar a disputar (a elite). Vamos reforçar o elenco. Teremos uma janela importante e aproveitaremos as oportunidades", comentou o dirigente.
Deixe seu comentário sobre: "Presidente do Santos diz ter confiança em Carille e promete reforços pontuais"