O presidente do Guarani, André Marconatto, revelou nesta quinta-feira que o clube não pensa em se transformar numa Sociedade Anônima do Futebol (SAF), pelo menos neste momento, considerado inadequado. Ele também confirmou que o clube mantém um bom relacionamento com o empresário Roberto Graziano, que arrematou o estádio Brinco de Ouro em 2015.
"Não pensamos em SAF neste momento. Primeiro, o Guarani precisa ser dono de seus recursos e seus ativos. Depois nós podemos escutar algo, uma proposta. Não adianta fazer por fazer. Perdemos nosso estádio, nosso patrimônio foi dilapidado, então, temos que ter muita sobriedade para cuidar do clube", disse Marconatto.
Nas últimas semanas, o clube de Campinas foi alvo de especulações sobre parcerias, envolvendo até bancos de investimentos. O dirigente não confirmou os rumores, mas admitiu o time precisa buscar investimentos e, principalmente, parceiros para desenvolver as suas atividades. "Temos alguns investimentos que precisamos fazer no clube, como num Centro de Treinamento, no próprio estádio. Então, estamos procurando algum parceiro para viabilizar este recursos. Estamos atrás de parceiros, mas nada em relação a SAF", reforçou.
O presidente não foi preciso ao responder sobre como anda a parceria com a empresa Magnum, cujo contrato estabelece pagamento mensal de R$ 350 mil ao clube. O acordo faria parte da negociação feita junto ao clube, em leilão realizado na Justiça do Trabalho.
"Temos ainda um valor a receber, mas não sei se são dois anos ou mais. Tenho que ver no contrato. A parceria com a Magnum continua sendo boa, e sempre que pode ele (o presidente da empresa, Roberto Graziano) nos ajuda. Ele tem feito contatos com a prefeitura para resolver algumas pendências e as obras devem começar ano que vem", concluiu.
RELAÇÃO COM A MAGNUM
Após o arremate do Brinco de Ouro pelo grupo, algumas dúvidas ficaram no ar, principalmente porque o contrato é sigiloso. Em princípio, o Guarani só desocuparia o Brinco de Ouro quando a Magnum construir um estádio novo, com capacidade para 12 mil torcedores. Há, porém, uma dificuldade para definir a área da construção. A responsabilidade de comprar uma nova área para a obra é do clube.
O Guarani teria sugerido a construção do novo estádio numa área próxima à Rodovia dos Bandeirantes, onde o planejamento inicial seria a construção de um novo CT. O terreno pertence ao clube, adquirido na gestão do presidente José Luiz Lourencetti, e chegou a sofrer penhoras ao longo do anos.
Mas qualquer obra neste terreno dependeria de autorizações legais, inclusive da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, uma vez que a área está localizada dentro de uma área de preservação ambiental.
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