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Por torcida nos estádios, Colômbia pede à Conmebol adiamento da Copa América

O ministro do Esporte da Colômbia, Ernesto Lucena, anunciou nesta quinta-feira que o governo do país vai pedir à Conmebol o adiamento da Copa América, que seu país sediará entre junho e julho com a Argentina, com o objetivo de que os torcedores possam com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.05.2021, 22:26:00 Editado em 21.05.2021, 00:07:28
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O ministro do Esporte da Colômbia, Ernesto Lucena, anunciou nesta quinta-feira que o governo do país vai pedir à Conmebol o adiamento da Copa América, que seu país sediará entre junho e julho com a Argentina, com o objetivo de que os torcedores possam comparecer aos estádios.

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"O governo da Colômbia solicitará formalmente à Confederação Sul-Americana de Futebol, através da Federação Colombiana de Futebol, o adiamento da Copa América", afirmou Lucena em comunicado após uma reunião com o presidente colombiano, Iván Duque, e o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez.

Segundo o ministro, a ideia do governo colombiano é poder realizar a competição com os estádios abertos para receber 50% da capacidade máxima. Para isso, o ministério da Saúde do país realizaria um estudo que comprovasse a possibilidade de as arenas receberem público de uma maneira segura, sem grandes riscos de contaminação por covid-19.

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"Solicitamos, tanto para a Colômbia, quanto para a Argentina, que a Conmebol nos dê um prazo em que possamos realizar a competição da melhor maneira possível, com os torcedores nos estádios, afinal são eles que dão trazer cor à Copa América".

Mais cedo, parte da imprensa internacional divulgou que a Conmebol tiraria os jogos da Copa América da Colômbia e realizaria todo o torneio na Argentina, mas a entidade ainda não se pronunciou oficialmente.

Além de enfrentar a pandemia da covid-19, a Colômbia atravessa um período de convulsão social, iniciado há quase um mês, em 28 de abril, quando eclodiram protestos contra a reforma tributária proposta pelo governo.

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O projeto foi retirado, mas os manifestantes continuam nas ruas pedindo a queda de Duque, o fim da violência policial e mais oportunidades de emprego. Até agora, segundo números oficiais, os confrontos com a polícia deixaram pelo menos 42 mortos, sendo 41 civis e um policial, além de mais de 1700 feridos.

Na quarta, inclusive, manifestantes foram às ruas para protestar contra a realização da Copa América na Colômbia, que vai receber, entre outras partidas, a decisão de terceiro lugar e a final do torneio em Bogotá e Barranquilla, respectivamente.

Ao longo do protesto, foram realizadas performances artísticas. De uma ponte, manifestantes pintados com tinta vermelha, simbolizando sangue, desciam amarrados em tecidos acrobáticos predominantemente com as cores da bandeira colombiana. Também houve quem praticasse slackline, vôlei, boxe e futebol. Um dos cartazes carregado ao longo do protesto continha os dizeres: "A Copa de Sangue".

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Na última semana, confrontos entre policiais e manifestantes causaram problemas no jogo entre América de Cali e Atlético-MG. O uso de gás lacrimogêneo fora do estádio chegou a afetar os jogadores, e a partida precisou ser interrompida quatro vezes. Já o duelo entre Atlético Nacional e Nacional de Montevidéu foi atrasado, porque manifestantes impediram a saída da delegação uruguaia do hotel.

A Copa América tem início previsto para 13 de junho. A final acontece em 10 de julho. A seleção brasileira jogará a primeira fase na Colômbia, passando pelas cidades de Medellín, Cali, Barranquilla e Bogotá. No Grupo B, além do Brasil e do time da casa, estão Equador, Peru e Venezuela. Na Argentina, jogarão a seleção local e também Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai.

A Conmebol ainda tem de dar uma resposta à solicitação do governo colombiano. De qualquer maneira, a Argentina se diz preparada para receber os jogos da competição. O presidente Alberto Fernández, em entrevista a uma rádio local, afirmou que, se cumpridos os protocolos, não haverá problema em receber todas as partidas da Copa América como o único país-sede.

"Se todos os protocolos forem cumpridos, estamos dispostos a ver a possibilidade de sediarmos sozinhos", afirmou o chefe do executivo argentino.

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