Por que o vôlei é gigante no Brasil, mas segue fraco para apostadores?
Descubra por que o vôlei, apesar de ser o segundo esporte mais popular no Brasil, não é tão valorizado nas apostas esportivas em comparação a outros
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No ranking dos esportes brasileiros mais assistidos, o vôlei figura, geralmente, na segunda colocação entre as preferências do povo. É difícil que ele perca para outras modalidades além do futebol em quantidade de fãs, e por coincidência ou não, a Seleção Brasileira de Voleibol também consegue bons resultados com frequência.
Mas, há um mercado aqui que ainda precisa esclarecer algo: por que nas apostas esportivas o vôlei não é tão popular? Quem diz isso é a pesquisa Bets 2025, do Grupo Globo. Nela, a modalidade fica na quarta colocação em preferência para palpites esportivos. A porcentagem do voleibol é de 19%, ficando atrás do basquete, com 23%, do futebol feminino, com 31%, e finalmente do futebol, com 76%. Quais os motivos por trás disso?
Uma boa resposta para essa pergunta pode ajudar operadoras que querem se diferenciar no mercado. Assim, ao saber como conquistar esse público que tem paixão pela modalidade mas pouco se engaja em palpites, casas de apostas novas, por exemplo, podem já iniciar com um diferencial único. Afinal, como explicar esse paradoxo?
A real popularidade do vôlei no Brasil
Nas Olimpíadas de Paris 2024, quem dominou o interesse do público brasileiro não foi o futebol, e sim o voleibol. Com a falta da seleção de futebol, o vôlei teve uma oportunidade única para continuar crescendo, e correspondeu bem. Mas, na realidade, o fato é que ele já se consagrou como o segundo esporte preferido dos brasileiros bem antes disso.
Segundo a mesma pesquisa Bets do Grupo Globo, entre os não apostadores que acompanham esportes, o futebol masculino liderou com 59% de preferência. Atrás dele veio o voleibol, com excelentes 26%, deixando o futebol feminino (18%), Automobilismo (17%), Basquete (15%) e Tênis (10%) para trás.
É algo inegável: a própria audiência da Superliga de Vôlei bate milhões a cada temporada, mas aqui ainda há um detalhe fundamental: a categoria feminina do esporte geralmente ganha da masculina na quantidade de telespectadores. A situação é um pouco diferente do que ocorre no futebol. Ainda assim, o futebol feminino continua mais popular entre apostadores do que qualquer modalidade do voleibol, o que indica que a questão pode estar ligada às características do próprio esporte e aos mercados disponíveis para quem aposta.
Mercados de apostas no vôlei: muita ou pouca disponibilidade?
Assim como no futebol e basquete, nas casas de apostas você pode encontrar muitos mercados para o vôlei: opções como total de pontos, handicaps, placar final e ímpar/par estão disponíveis. Mas, numa rápida comparação entre a quantidade de mercados entre os três, o futebol e basquete parecem oferecer uma variedade maior. Isso mostra que os sites de apostas não investem tanto na modalidade, mas quais seriam os motivos?
Bom, se você comparar ele com futebol e basquete, é fato que a cobertura midiática, a visibilidade e as próprias receitas gerais, até mesmo por uma tendência internacional, são bem menores. Assim, mesmo que muitas pessoas gostem de acompanhar, não há sequer muitas transmissões de campeonatos de divisões inferiores no voleibol, por exemplo.
Ou seja, há uma menor disponibilidade, quase naturalmente, de eventos e também de oportunidades de apostas. É como se o interesse pelo vôlei se direcionasse mais a algumas competições específicas.
Razões culturais: alguns esportes não foram feitos para apostar?
Junto a esses fatores como a menor cobertura midiática, parece acontecer algo quase cultural no vôlei. No Brasil, principalmente, embora ele seja bem popular, ainda parece que fica sempre em segundo plano, mas ainda dá para pensar além. Provavelmente, o problema da baixa popularidade do vôlei nas apostas tem tudo a ver com o perfil dos seus fãs.
Enquanto no futebol e basquete você encontra pessoas que realmente se engajam de uma forma diferente com as competições, esse interesse no voleibol parece ser mais suave e ter menos potencial de engajar para uma atividade como fazer um palpite.
Há, por exemplo, a grande NBA, que tradicionalmente se associa às apostas. Há maior disponibilidade de estatísticas, estudos, e toda uma cultura que envolve a liga. Já no voleibol, não há tantas informações disponíveis assim. Assim, os próprios sites, por si só, já focam em promoções justamente no futebol e no basquete - são práticas internacionais que, quando chegam ao Brasil, acabam se encontrando perfeitamente com o perfil e preferências do brasileiro.
Basquete e futebol são os reis das apostas
Seja por fatores culturais, pela menor presença na mídia ou mesmo pela limitada disponibilidade de dados, o voleibol ainda ocupa um lugar controverso no mercado de apostas. Embora seja um gigante de audiência, uma combinação de elementos acaba mantendo a modalidade em segundo plano quando o assunto são palpites esportivos.
No fim, o que se observa é um desalinhamento entre o interesse do público e a forma como o mercado estrutura suas ofertas — algo que pode mudar apenas com maior investimento em informação, estatísticas e produtos específicos para o vôlei.
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