A Ponte Preta é campeã paulista da Série A2. Um título tão esperado e que só foi confirmado após muito sofrimento de sua torcida. Após o empate sem gols no tempo normal, ela levou a melhor na disputa de pênaltis vencendo o Novorizontino, por 3 a 2, neste sábado à tarde, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. O jogo de ida tinha terminado empate por 1 a1, em Novo Horizonte, cidade do vice-campeão. O goleiro Caíque França defendeu três cobranças e o experiente meia Elvis confirmou a quinta cobrança e decretou o título dos campineiros.
O estádio esteve lotado e registrou recorde de público na competição com 17.094 torcedores. A inédita presença do trio de arbitragem formado somente por mulheres deu certo. A árbitra Edina Alves Batista teve uma condução segura, bem auxiliada por Neuza Inês Back e Amanda Pinto Matias, com Daiane Muniz dos Santos no VAR.
Os dois finalistas já tinham garantido o acesso à elite estadual em 2024, ficando com as vagas deixadas pelos rebaixados São Bento e Ferroviária. Os dois rivais, rebaixados em 2022, realmente foram os donos das melhores campanhas na atual temporada, chegando à decisão com 46 (Ponte Preta) e 39 pontos (Novorizontino). Além dos troféus e medalhas, entregues após o jogo pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, o campeão vai receber um prêmio de R$ 280 mil, além de um carro da marca KIA avaliado em torno de R$ 150 mil. O vice fica com R$ 200 mil.
Cercado por um clima de tensão e expectativa, este jogo final foi de muitos estudos no primeiro tempo nenhum dos dois times se atirou ao ataque, embora a Ponte Preta tivesse maior posse de bola. Mesmo assim, pouco conseguiu fazer diante da forte marcação do Novorizontino. Realmente, um primeiro tempo de poucas emoções, que até amenizou a euforia da torcida ponte-pretana, que lotou as arquibancadas, mas segurou o grito de campeã.
Tudo mudou no segundo tempo. Logo no começo, Matheus Jesus teve duas chances para marcar para a Ponte Preta. O Novorizontino teve sua melhor oportunidade nos pés de Rômulo, que tabelou com Aylon e saiu na frente do goleiro Caíque França. O toque saiu fraco, a bola quicou duas vezes e tirou tinta da trave direita.
Mas a Ponte Preta continuou melhor e quase abriu o placar aos 16 minutos, quando Felipe Amaral chutou da quina da área e Georgemy saltou alto pra espalmar a escanteio. Aos 24 minutos,a Ponte Preta balançou as redes com Weverton, mas o lance foi anulado por impedimento, bastante difícil de ser visto.
O visitante também aproveitava bem estes espaços para tentar os contra-ataques e só não fez o gol aos 28 minutos porque Weverton, em cima da linha, aliviou o chute rasteiro de Reverson.
Depois destes dois lances perigosos, um para cada lado, os times tiraram o pé e pararam de arriscar. O jogo caminhou para a definição nos pênaltis. Mas o último suspiro aconteceu aos 48 minutos, quando Cássio Gabriel desviou e cabeça e a bola saiu do lado da trave esquerda de Georgemy, tirando da torcida o esperado grito de gol.
Na decisão por pênaltis, o goleiro da Ponte Preta, Caíque França, defendeu três cobranças - Ronaldo, César Martins e Léo Tocantins - contra duas defesas de Georgemy - Matheus Jesus e Junior Tavares. Marcaram para o Novorizontino, Ricardinho e Marlon, enquanto para a Ponte Preta acertaram Cássio Gabriel, Ramon Carvalho e Elvis.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 0 (3) X 0 (2) NOVORIZONTINO
PONTE PRETA - Caíque França; Luiz Felipe (Weverton), Fábio Sanches (Edson), Artur e Júnior Tavares; Felipe Amaral (Filiphinho), Léo Naldi (Ramon Carvalho), Matheus Jesus e Elvis; Gui Pira (Cássio Gabriel) e Jeferson Jeh. Técnico: Hélio dos Anjos
NOVORIZONTINO - Georgemy; Willean Lepo, César Martins, Adriano Martins e Reverson (Léo Tocantins); Geovane Faria, Ricardinho, Rômulo (Bruno Costa) e Roberto (Raul Prata); Aylon (Marlon) e Ronaldo. Técnico: Eduardo Baptista.
ÁRBITRA - Edina Alves Batista
CARTÕES AMARELOS - Luiz Felipe, Artur e Hélio dos Anjos (Ponte Preta). Geovane Faria e Adriano Martins (Novorizontino)
RENDA - R$ 276.500,00
PÚBLICO - 15.575 pagantes (17.094 total)
LOCAL - Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).
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